segunda-feira, 9 de março de 2009

Blogagem Coletiva - Inclusão Social

Assunto vasto esse da inclusão social... a princípio pensei escrever algo especificamente sobre o âmbito escolar, afinal, a escola é o meio mais eficaz formador de ideias e opiniões, é ali que encontramos professores e livros abertos ao conhecimento dinâmico e fomentador, é na escola que nos deparamos com o diferente, com o heterogêneo, com os preconceitos e tudo mais, ali também podemos debater e mudar pensamentos e atitudes, contando, claro, com o apoio de todos que estão inseridos direta ou indiretamente nessa realidade. Daí me perguntei: e quem não tem ou teve esse espaço de descobertas, feito sob medida para educar, o que faz nesse mundão de meu Deus? Ah! Como bons brasileiros que somos, logo descobri algo que me chamou a atenção e respondeu à pergunta que não calava. Embora não saibamos ou talvez, até ouçamos e deixemos de lado como algo menos importante, a educação apreendida fora dos bancos escolares acontece e inclui as pessoas proporcionando uma "dignidade" que, nem sempre têm tal acesso. Lembrei de uma avozinha na classe de alfabetização de adultos, junto da neta de 7 anos, uma ensinando a outra: isso me comoveu e, hoje, ao abordar assunto tão sério como o da inclusão social, senti-me egoísta tratar somente do que está dentro dos portões da escola. Não me entenda mal! Aliás, conteúdo esclarecedor e detalhado consta nesse link para quem quiser saber mais:http://www.redebrasil.tv.br/salto/boletins2002/ede/edetxt1.htm
Sou defensora de um país que valorize a classe dos professores e se empenhe muito, mas, muito mais mesmo para ter educação de melhor qualidade em todas as esferas, especialmente, incluindo as PPD (pessoas portadoras de deficiência - seja física, auditiva, visual ou mental), afinal, de dentro das escolas devemos esperar pessoas melhores. E, sob este ponto de vista, devo entender que, quanto menos favorecidos, mais dificuldades encontrarão, tanto sócio quanto economicamente, aqueles que, diferentes de você e eu, não puderam sentar num banco escolar e, ao contrário do que possa parecer, essas pessoas têm muita sabedoria no seu jeito peculiar de conduzir a vida, sendo incluídas por seus valores culturais por outras que aprenderam no banco escolar a dar importância às coisas singelas que poderiam passar despercebidas.
Em poucos minutos a gente consegue abstrair uma alegria de viver, como a dona Valdênia mesma diz: "e cantar no palco, no meio dos colegas, pra mim é uma formatura..." veja:



http://www.youtube.com/watch?v=xhT6OOejWZc
Vídeo gravado no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, como parte do projeto "Memória dos Brasileiros", desenvolvido pelo Museu da Pessoa.
CRÉDITOS
Imagens: Eduardo Barros e Rafael Buosi;
Edição: Eduardo Barros;
Pesquisa e Entrevista: Thiago Majolo, Cláudia Leonor,
Winny Choe e Antônia Domingues;
Coordenação: Cláudia Leonor;
Produção: Sérgio Milleto.

25 comentários:

Ester disse...

Cara Jô,

Super interessante sua abordagem!

Acredito que vc tenha toda a razão, ao dar-nos um chacoalhão, fazendo-nos acordar para uma realidade extra escola.

Não tenho nenhuma experiência com alfabetização de adultos, mas fui guiada por suas palavras a visualizar a situação, e tb já vi alguns documentários a respeito desse assunto e ainda quero ver depois com mais calma os sites por vc indicados.

Assim como vc, tb senti-me envergonhada, pois ainda não tinha atentado para essa realidade. Como educadores temos que ver a Educação como um todo atendento efetivamente todas as esferas e realidades. Se conseguirmos derrubar o preconceito que há, haverá muita troca de experiências, e a aprendizagem não será tão engessada e se tornará muito mais prazerosa,

Obrigada por essa belíssima explanação e por conseguir compartilhar conosco algo tão precioso!


bjs!

Valdeir Almeida disse...

Jô, concordo com você.

A inclusão social começa com nossa atitude em relação às pessoas menos favorecida.

O governo, obviamente, tem a obrigação de desenvolver políticas inclusivas, mas nós, cidadãos comuns, também podemos fazer um pouco, né?

Abraços.

conduarte disse...

jÔ, MUITO LEGAL TUDO QUE ESCREVEU E NÃO SINTA-SE MAL POR FALAR DE COISAS QUE VC VIVÊNCIA, POIS SÃO ELAS QUE TE TRAZEM TODA RIQUEZA CULTURAL, DE FORMAÇÃO E ENTENDIMENTO SOBRE AS COISAS. pOR MEIO DAS EXPERIÊNCIAS É QUE NOS TORNAMOS E NOS MODIFICAMOS NA VIDA.

sEU ASSUNTO É INTERESSANTE NO TODO DE SEU TEXTO!

pARABÉNS E VOLTAREI MAIS VEZES AQUI.

con duarte

Cristiane Marino disse...

Olá JÔ!

Parabéns pela excelente postagem! Ficou maravilhoso seu texto, verdadeiro e reflexivo nos faz pensar sobre o que realmente estamos fazendo com relação a inclusção, será que estamos pensando de forma global? acho que não! é hora de tomarmos posição e agir!
Obrigada por compartilhar algo tão importante.
beijosss

Anônimo disse...

Eu acho lindo criança ensinando adulto e imagina uma neta ensinando a avó? Não é a situação do texto, já que ambas estavam aprendendo juntas, mas já vi, filhos ensinarem os pais - pais envergonhados de não serem alfabetizados e de frequentarem os bancos escolares, serem assessorados pelos filhos. Isto é grandioso, uma inversão que eleva a auto estima.

* O link é completíssimo e favoritei! Boa blogagem! Beijus

Christi... disse...

Olá Jô, gostei muito da sua postagem, de força e atitude, a forma com que passou a situação da inclusão social, mostrando algo do dia a dia, incluso, naquilo do que já é proposto e falado.

Bjs,
Chris

Cadinho RoCo disse...

A manifestação popular tem importância enorme para que possamos entender a própria vida da realidade que estamos nela. O que há de cultura perdida e esparramada pelos cantos anônimos deste Brasil é enorme. Não é preciso conhecer para saber e sentir a existência desse tesouro por vezes mais perto de nós do que pensamos.
Cadinho RoCo

Compondo o olhar ... disse...

lindo seu texto, parabens pela bela participação nesta gde idea, a blogagem coletiva.


abraços

Letícia Losekann Coelho disse...

Arrasou de novo Jô!
Que bela texto sobre o assunto inclusão social!
Beijos menina

Unknown disse...

Muitas vezes pergunto como que simples atos de verdade como foi desempenhado pela Ester, nos faz entrar nesse mundo magico de verdade; esse mundo que ao mesmo tempo falamos de algo serio, encontramos novos amigos, novos conteudos. Isso se chama mudança, isso é incluir na sociedade, mostrando o que somos capaz. E hoje ao ler seu conteudo deparo com varias suspresas como essa, que faz eu parabenizar a vc.. pelo excelente trabalho...

Continuemos....abraços

"A gente nao faz amigos, reconhece- os"
Vinicius de MOrais

Ella disse...

Tbem estou participando dessa blogagem coletiva e é mto bom ler as opiniões e abordagem cada uma diferente da outra...

fico aqui pensando o qão maravilhoso seria coloca todas essas palavras em pratica... Quero arregaçar minhas mangas e fazer mais pelo meu país e pelo municipio em que vivo.

Bjokissss

Anônimo disse...

Olá!

Muito obrigada pela visitinha no Carrossel. Adorei o seu post, principalmente por trazer a educação de jovens e adultos, que precisa ser abordada com mais seriedade nos cursos de Pedagogia e debatidos em diferentes esferas da sociedade. Parabéns!

Também voltarei aqui com frequencia. Linquei seu blog lá no Carrossel.

Abraços

Ester disse...

OI querida,

passa lá depois, tem selo para vc!

disse...

Esther! Foi um prazer receber você como a primeira a comentar meu post, fiquei mesmo impressionada. Obrigada pelas palavras e, pensei muito para escrever algo que estivesse coerente com a realidade na qual estamos inseridos. Falamos muito das crianças como futuro do Brasil, continuemos, elas, de fato, o são, mas não devemos esquecer daqueles que ainda não tiveram oportunidades e podem, de algum modo, contribuir com a sociedade. Bjins e até uma próxima coletiva tão boa quanto esta!

disse...

Olá Valdeir! Muito feliz fiquei com tua presença aqui. Realmente, o brasileiro tem o mau hábito de jogar a culpa e a responsabilidade toda no governo, claro, que em muitas das vezes, ele é quem precisa e pode melhorar muitas situações, contudo, somos uma nação e como tal, devemos refletir no mundo nossa capacidade individual, independente do que o governo deveria fazer, façamos, pois, a nossa (pequena), mas "nossa" parte. Bjins e até!

disse...

Oi Conceição! Muito grata pelos elogios e pela visita. De fato, não me sinto mal com o que vivencio, aprendo muito e isso me torna melhor com o tempo. Experiências de vida tendem a nos tornar mais humanos, pessoas melhores, caso contrário, nos tornamos coisa alguma. Bjins e até mais!

disse...

Oie! Cris, usou o termo do momento: "global" e tens razão, nem sempre nos atentamos para o todo e o mundo virou uma grande esfera interligada por vários motivos, na maior parte, de interesses econômicos, contudo, precisamos alçar voos panorâmicos, avistar aquilo que de muito perto não é possível, concorda? Bjins e até!

disse...

Luz de Luma, essa blogagem coletiva me levou a blogs muito interessantes como o seu, por exemplo. Obrigada pela visita e o comentário. Concordo contigo, ver adultos ensinando os pequenos é natural, mas o inverso disso é muito mais instigante, nos comove e, acredito, nos ensina de modo muito gratificante, sinal de que, enquanto adultos, ainda estamos fazendo o melhor pelas crianças quando estas nos retribuem tão gentilmente, devolvendo e completando tão carinhosamente o que lhes demos. Que bom ter gostado do link e tê-lo favoritado. Bjins e até mais!

disse...

Olá Christi! Havia pensado em abordar temas mais complexos, como a exclusão indígena, lembrei daqueles indiozinhos que vagam pelos centros e da sua cultura devastada, entretanto, dada a profundidade desse assunto e de minha ignorância sobre tal, apesar de ler e assistir programas aqui e acolá, foi preciso "navegar por mares conhecidos" neste caso. Espero que tenha feito a contento. Bjins e até!

disse...

Olá Cadinho Rocco! Concordo com você, este Brasil tem culturas tão diversas e tão cheias de ensinamentos, somos, por assim dizer, um país riquíssimo. Por outro lado, muito se perde da cultura quando não se incentiva, quando se ignora a sua existência. Precisamos recolher traços do nosso povo tão único, tão misto. Obrigada pela visita, bjins e até!

disse...

Oi Tita! Novamente você prestigiando meu blog, que maravilha! Obrigada, de coração. E, o texto, confesso, saiu num dia em que eu não estava das mais inspiradas...(rs) Bjins e até mais ver! Ah! "Menina" também é um elogio pra lá de bom, viu!hehe!

disse...

Oi Philip! Concordo que há uma magia nesse ato de blogagem coletiva, tantas mentes, tantas ideias, tantos textos produzidos sobre um mesmo tema e...tanta coisa boa se colhe de uma iniciativa como a que a Esther tomou. Obrigada pela visita. Bjins e até!

disse...

Oi Daniela! Obrigada pela visita e, gostei de ver que a blogagem inspirou você de forma tão bonita, "arregaçar as mangas" é uma atitude digna de quem ama o lugar onde mora, de quem quer mudanças. A blogagem sai do plano filosófico com pessoas inspiradas e determinadas deste modo. É isso aí! Bjins e até!

disse...

Oi Michelle! Fico feliz que possamos trocar algumas ideias acerca da educação, é assunto de suma importância e que me atrai muito e, apesar de não atuar na área, já tive minhas experiências, continuo interagindo, lendo e buscando a melhor forma de trazer isso para meu cotidiano. Seu blog é ótimo, quero sempre manter contato. Bjins e até mais!

disse...

Esther, mais uma vez, obrigada. Seu selinho foi postado com carinho especial em que intitulei "Participei, partilhei, adorei...".
Bjins e nos veremos mais em breve, se Deus quiser! Até!