quarta-feira, 29 de abril de 2009

Blogagem Coletiva - O Filme da Minha Vida - PLEASANTVILLE

O filme “A vida em Preto e Branco (1998),versão do original: Pleasantville, tem Tobey MacGuire (Homem-Aranha) e Reese Whiterspoon (Legalmente Loira), como irmãos, interpretando cenas que vão nos conduzir pela cidadezinha pacata do seriado Pleasantville, década de 50, para onde são transportados (e, juntamente com os personagens, também somos nós!), subitamente, em meio a uma briga pela posse de um estranho controle remoto. O elenco é composto por Jeff Daniels, Joan Allen e William H. Macy entre outros.
Aparentemente é um filme sem grandes efeitos especiais se comparado a alguns aos quais estamos acostumados, contudo, é exatamente nisso que reside toda a magia da trama. A transformação dos personagens é acompanhada das cores que vão se propagando aqui e ali, a começar por uma rosa vermelha. Onde tudo era “perfeito”, coisas acontecem à revelia de uma cidade pautada pela organização, pela ordem, pela mesmice.
Usamos diariamente palavras que conotam significados para expressar o que somos, fazemos ou sentimos em relação ao mundo, por exemplo: Fiquei bege com aquela pergunta! Estou roxo de raiva! Ele é flamenguista roxo! Fiquei vermelha de vergonha! Está até verde de náuseas! Estou azul de fome! Entre outras expressões que você já deve ter dito ou ouvido. Cores são importantíssimas, não só para alegrar ambientes, objetos, vestimentas, etc., elas carregam significados vários, estuda-se cromoterapia,
psicologia das cores entre outras que abordam o assunto a fim de modificar o mundo, ou melhor dizendo, pessoas, de alguma maneira.
Neste filme, em especial, as cores são a metáfora de um mundo em transição constante. A alegria e o medo, do que é novo e diferente, serão revelados de diversas formas.
A VIDA EM PRETO E BRANCO, certamente, é um filme para entreter e fazer pensar: que cores estão saturadas em minha vida e quais ainda faltam para completar o arco-íris dela?

Como toda opinião particular, digo por mim, que é um filme
M-A-R-A-V-I-L-H-0-S-0!
Para mais dados sobre sinopse, elenco e ficha técnica, siga o link do blog
Filmes com legenda











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domingo, 26 de abril de 2009

ENCONTROS E DESENCONTROS

Amigos da blogosfera, estou em dívida com alguns, pois, nos últimos dias não tive o tempo necessário para comentá-los, aqui e ali consegui ler alguns posts, porém, acredito que todos tenham, em algum momento, essas dificuldades (nem cabe citá-las tão banais parecerão e empobrecerão deveras o blog...rs! Deixarei o mistério no ar!). De qualquer modo, agradeço sempre os que, apesar disso, continuam a ler e comentar meus posts. Fico muito feliz!
E, aproveitando o gancho desses "desencontros" que bem conhecemos pela blogosfera afora, e, principalmente, pela vida toda, venho expor o conto que escrevi com carinho especial para o blog Palavrentas e Escrevedores, proposto no evento realizado ontem, intitulado "Encontros e Desencontros", aliás, foi um exercício ótimo desenferrujar as ideias nesse sentido, pois, quem já me acompanha, sabe bem que adoro escrever, contudo, aqui no blog evito mostrar tanto o que produzo nesse sentido porque não me sinto à vontade para fazê-lo, sabe, aquele medo do ridículo que deixa a gente viver pelas metades, é por aí!(rs). Entretanto, tem vezes que nos propomos a deixar isso de lado e ver no que dá! Então, deu nisso...

Uma chance para amar

Repentinamente, corpos se esbarraram, olhos se cruzaram e pedidos de desculpas foram simultaneamente pronunciados, enquanto mãos, desajeitadas e apressadas, tocavam-se ao retirar do chão toda papelada que havia caído. Até aqui nenhum deles havia chegado tão perto um do outro, embora trabalhassem todos os dias na mesma repartição.
O dia transcorreu aparentemente igual, entretanto, pensamentos e sensações os inquietaram dali por diante. Como poderia um simples esbarrão despertar pessoas tão diferentes? Enquanto ela repetia há meses para si que jamais permitiria ser magoada novamente, ele se abria para cada chance que a vida ameaçava lhe dar.
Poucos dias foram necessários para que eles deixassem a lacuna da indiferença ser preenchida por mais olhares e alguns sorrisos entrecortados pela timidez fugaz. A curiosidade aumentava consideravelmente na proporção em que o tempo passava, a ponto de não conseguirem disfarçar o despretensioso interesse. Que sentimentos alimentavam realmente?
Ele logo decidiu dar o primeiro passo, afinal, havia algo no ar que sinalizava positivamente. Enviou um enorme arranjo de flores campestres e um bilhete que dizia: Quero encontrá-la hoje. Aguardarei ansioso pela conversa. Segue meu e-mail e telefone. Até lá!
A surpresa foi agradabilíssima, que mulher não se lisonjearia? Ela, porém, não se deixou arrebatar mesmo assim. Respondeu que tinha um compromisso importante naquele horário.
Outras tentativas e o encontro ficou adiado. Ele não compreendia o porquê de tamanho distanciamento, apesar dos constantes e, recentemente, mal-disfarçados olhares, não se conformava com as inúmeras desculpas esfarrapadas e a falta de assertividade com que ela o repelia. Ela mortificava os próprios sentimentos.
Entretanto, ao terminarem o expediente, certo dia em que uma chuva torrencial desabava dos céus, ele, desprecavido de um guarda-chuva, aproximou-se a convite dela para chegarem até o ponto onde haviam estacionado. A enorme sombrinha pouco os ajudou debaixo de tanta água, falavam efusivamente sobre aquilo, quando, no instante em que ambos chegaram até o carro dele, houve um silêncio abrupto e, sem mais nenhuma palavra, os sentimentos tornaram-se transparentes, pareciam ter sido lavados pela grossa chuva, um beijo demorado e ardente os desarmou por completo. E, naquele resto de tarde o tempo parou, só havia eles, mais ninguém.
Chamado para trabalhar fora daquele Estado, algo que há algum tempo almejava, Victor decidiu obter uma resposta concreta de Louise, afinal, já não eram apenas amigos como antes, um passo importante poderia ser dado, bastava ela consentir, porém, todo aquele medo que a paralisava fez com que ele resolvesse partir sem resposta. Passaram-se meses de tristeza, o sentimento de frustração dele não destoava muito daquele de arrependimento dela.
Certa ocasião, num desses feriados prolongados, ela o viu de relance, o coração disparou, as mãos ficaram trêmulas e, por um segundo, ousou desvencilhar-se das amarras que mantinham seus sentimentos estancados desde que fora abandonada sem nenhuma explicação à porta da igreja, apenas uma frase ecoava nas suas amargas lembranças: querida, sinto muito, não posso fazer isso! Como assim? O que aconteceu? O que fiz de errado? Pensava ela, enquanto milhares de outras perguntas eclodiam em sua cabeça, e ainda houve, por parte do noivo, um beijo de Judas na despedida daquele fatídico dia.
Agora havia uma centelha de esperança em recuperar sua autoestima, ali estava alguém que fazia enorme diferença em sua vida como nunca pudesse crer que haveria. Ainda atordoada, pôs-se atrás e, sem que pudesse dar novo passo, esteve perplexa ao notar a presença do recém-nascido que uma mulher acabara de reclinar no colo dele. Não havia nada que refutasse a prova cabal do que presenciara. Victor a esquecera e dera continuidade à vida, aliás, nova vida se fez. A culpa era dela, a felicidade era dele.
Voltou à estaca zero, fechou-se novamente e acreditou que não teria alguém com quem compartilhar a velhice, caso chegasse até lá. Seu destino estava desgraçadamente traçado, solidão seria sua companhia eterna.
Já em casa, jogou-se no sofá, acabou-se em lágrimas, sentiu-se ridícula ao imaginar que tanto tempo depois ele manteria intactos em seu coração os poucos e maravilhosos momentos. Pior sentia-se ao lembrar da alegria estampada no rosto dele segurando aquela criança.
A campainha tocou insistentemente. Como Louise não atendesse, um bilhete surgiu pela fresta da porta: Quero encontrá-la hoje. Aguardarei ansioso pela conversa. Segue meu e-mail e telefone. Até lá!
Embora muito confusa, viu reacender ao longe a chama do sentimento que acreditou nunca ter encontrado ou merecido.
Frente a frente, mal-entendidos foram desfeitos, ele pôde entender porque ela o afastava, apesar dos sentimentos à mostra, enquanto Louise soube que o bebê não passava apenas de um sobrinho querido. Puderam conversar horas a fio, sem meias palavras, sem desculpas, sem medo, sem nenhum segredo.
Dali por diante foram inúmeros telefonemas e e-mails. O que pareceu apenas um flerte no início e uma relação fadada ao fracasso por conta da distância, culminou em muitos encontros que compuseram uma história de amor.
Naquele dia, Louise esteve com os nervos à flor da pele, convidara os amigos e sua família esperava ansiosamente pela união promissora do casal. Felizmente, os sinos da igreja anunciaram a alegria de ambos, contrariando todas as expectativas mutiladas pelo passado.
Logo vieram filhos, o tempo passou... Bodas de ouro, bisnetos e uma certeza de que o amor merece uma chance toda vez que houver desencontros pelos caminhos desta vida.

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

REFLEXÃO - Arnaldo Jabor

Gosto das crônicas de Arnaldo Jabor, as recebo por e-mail dos amigos de vez em quando. Nelas há muito o que refletir, algumas desencadeiam até gargalhadas, é de um humor interessante, nada de rir só por rir à toa, nas entrelinhas tem sempre pérolas escondidas e fico procurando por elas, além disso, o modo como ele escreve tão simples e direto (o que algumas vezes lhe rende duras críticas) é o que prende o leitor, certamente. Dias desses encontrei o site Para Ler e Pensar e, além do Arnaldo Jabor e algumas de suas crônicas, constatei que há muitos outros tópicos bem bacanas, vale a pena visitar, "ler e pensar", como o título bem diz. Ah! Para quem gosta de publicar textos, também é ótimo.
Escolhi uma das crônicas de Jabor que, embora tenha sido escrita especialmente para o início do ano de 2009, cá estamos sempre esperando o final de cada ano para acertar as mesmas arestas, concorda? Entra ano, sai ano e a gente se pega desejando, praticamente, as mesmas coisas, então, por que não hoje?

Tenha uma feliz sexta-feira! E, um feliz ano novo de novo, caso o seu ainda não tenha começado com o pé direito! Recomece se for preciso, só não desista antes mesmo de tentar, ok?


FELIZ ANO NOVO (Arnaldo Jabor)

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho.É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora.Claro que a vida prega peças. O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais (Perdemos pessoas que amamos)...Mas, pensa só: Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia?Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida pro trabalho?Eu quero viver bem... e você? 2008 foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões, tristezas, perdas, reencontros.Normal.. Às vezes, se espera demais. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou.Normal ...2009 não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?O que eu desejo para todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência.. O nosso desejo não se realizou? Beleza... Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento (me lembro sempre de uma frase que ouvi e adoro: "cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade").Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano...Mas, se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.Desejo para todo mundo esse olhar especial!2009 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente. Pode ser muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.2009 pode ser o bicho, o máximo,maravilhoso, lindo, especial!Depende de mim... de você.Pode ser... e que seja!
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sábado, 18 de abril de 2009

Blogagem Coletiva - Quem foi seu Monteiro Lobato?

Memórias de uma leitora

Prefácio
Falar sobre o 18 de Abril, Dia Nacional do Livro Infantil e de seu representante maior Monteiro Lobato não é tarefa fácil, todavia, muito gratificante porque o prazer de brincar com as palavras e recontar coisas passadas não se mensura, um misto da literatura na vida e da vida na literatura. Incomparável, sua obra infantil deixou marcas em minha geração, deixará também para as subsequentes posto que é imortal.

Capítulo 1 – em casa: o pontapé inicial da literatura
Meu pai, que fora criado com o mínimo de estudo, na base da enxada, em nossa infância, contava a mim, ao meu irmão e minha irmã, basicamente duas histórias: João e Maria, em que a parte mais interessante era a tensão de saber se a bruxa descobriria a mentira das crianças na tentativa de se livrarem dela e, Ali Babá e os 40 ladrões, desta que ficou marcada a célebre frase “abre-te Sésamo!”, funcionava como mágica num mundo distante e diferente do nosso cotidiano. Coitado de meu pai! O seu repertório era composto apenas por estas e sempre pedíamos para que ele as repetisse, mil vezes que fosse!
Capítulo 2 – o primário: caminho das letras
Aos sete anos e meio iniciei a primeira série. Aprendi o alfabeto no velho método da abelhinha, quem se lembra? Em cada letra uma história, um som, uma grafia. As dificuldades eram substituídas por muitas repetições com a introdução de fichas no alfabeto silábico.
Já no ano seguinte, descobri a escrita de outra forma: produzindo redações: temas livres ou direcionados, não importava, eu queria muito inventar situações e pessoas, tanto que a professora chegou a pedir certa vez que eu preenchesse um pouco menos que cinco ou seis páginas dos pequenos cadernos de brochura, afinal, aquilo não era para ser um livro!
Na terceira série fui premiada com um coelhinho “Quick”, por ter escrito a melhor história numa competição entre os colegas da turma. Esse “troféu” dormiu, passeou e ficou ao meu lado por muito tempo.
Por essa época estava a frequentar a biblioteca, por ser um colégio novo não tinha muitos livros, contudo, dentre os que li, apenas uma coleção, em especial, passou a fazer parte das minhas várias idas e vindas naquele lugar:
Anita, escritos por Marcel Marlier e Gilbert Delahaye. Como toda criança, buscava algo que chamasse a atenção pelos sentidos: os olhos viram as capas duras e as lindas ilustrações. O cheiro do livro levava-me a viajar junto com a protagonista nas diferentes histórias. Folheá-los era a certeza de encontrar um pouco mais de aventura, podia, inclusive, ouvir as vozes, os sons...
Posso dizer que foi o marco zero de minhas leituras e elegê-la como alusiva ao meu Monteiro Lobato remonta a estas memórias, concomitantemente, Lobato apareceu-me de outro modo: pela televisão através dos muitos episódios exibidos no programa Sítio do Pica-pau Amarelo. Era um vício assisti-los todas as tardes, certa vez cheguei a sonhar com o Minotauro tentando me encurralar num labirinto, foi muito pior que sonhar com a Cuca! Meu personagem favorito era o Visconde de Sabugosa, tão culto e cheio de explicações inteligentes, fazia um ótimo par com a Emília nas suas intermináveis filosofias e ideias.
Na 4ª série tomei “ares de professorinha”, pois a “tia” cultivava o hábito de seus alunos serem auxiliares em classe: escrever na lousa, confeccionar cartazes, ajudar os colegas com dificuldades, etc. Coloquei na cabeça que seria professora no futuro.
Capítulo 3 – o ginasial: tomada de decisões
Da 5ª a 8ª séries a coleção Vaga-Lume, que acredito ter sido uma coqueluche entre professores e alunos da época, foi outra que apreciei muito, tendo lido vários, dentre eles alguns como: O Mistério do Cinco Estrelas; Sozinha no Mundo; A Ilha Perdida; Açúcar Amargo; Aventuras de Xisto; Deus me Livre!; O Caso da Borboleta Atíria; Os Barcos de Papel ; Xisto e o Pássaro Cósmico; Xisto no Espaço; etc.
Nesta fase, o estudo da Língua Portuguesa, além de Inglês e Estudos Sociais eram as disciplinas que mais me agradavam.
A partir da 7ª série comecei a trabalhar. O mundo foi ficando mais complexo, difícil e, ainda assim, com muito esforço conseguia manter meus estudos de modo saudável, não tanto quanto antes que só me dedicava a eles, porém, jamais deixei de ser uma boa aluna, uma boa leitora.

Capítulo 4: 2º grau profissionalizante – o Magistério
Meu sonho de ser professora teve seu início, meio e fim, infelizmente, o fim foi FIM mesmo. Cursei-o com dificuldades por trabalhar no comércio, contudo, jamais o releguei ao segundo plano: dormia tarde, sacrificava feriados e finais de semana, férias nem as tive para cumprir meus estágios. Já formada, travei batalha com o sonho perante a realidade, esta última foi dura e deixou que o primeiro sucumbisse diante dos obstáculos. Boa teoria e vontade não bastaram para seguir adiante, eram necessárias “provas de títulos” ou salários ínfimos, ambos não me eram possíveis naquele momento. Fazia parte de uma família, almejava construir a minha também e era preciso algo concreto. O sonho acabou por ora.
Capítulo 5: curso superior – Letras: orgulho de ser
Pedagogia ainda foi uma ideia que alimentei por um tempo, logo trocada pelo curso de Letras, sugerido por meu marido (namorado ainda na época). Jamais houve arrependimento, creio que foi a melhor coisa que fiz depois do magistério. Ambos corroboraram para tornar-me alguém muito melhor. Cheguei a lecionar inglês em escola particular para crianças, provei que era capaz, fui feliz, entretanto, a vida faz das suas, precisei tomar novo rumo, priorizar pessoas e coisas. Comecei a trabalhar na área da saúde com a burocracia onde continuo até hoje.

Considerações finais
Síntese é algo que tenho trabalhado ao longo da escrita e ao longo da vida, porém, bem sabemos que é quase impossível reduzir tantas histórias e tantas memórias em poucas palavras. Tentei ao máximo e peço sinceras desculpas se meu caro amigo leitor ficou enfadado, a intenção não era essa, de modo algum. A intenção maior foi suscitar algo, por mínimo e simples que fosse, de Monteiro Lobato em suas muitas e muitas criações. Minhas memórias podem não ter o glamour das aventuras de seus mais famosos personagens, porém, como foi proposto pela blogagem coletiva do
Fio de Ariadne, apoiada por Jorge Zahar Editor, apontei pessoas, fatos e autores que trilharam comigo esta trajetória no mundo da leitura. Assim se fez. Assim se faz. Era uma vez. Nada mais.
Fonte de imagens coleção Anita: site Editora Verbo
Fonte das demais imagens: Google

sexta-feira, 17 de abril de 2009

REFLEXÃO - A tartaruga tagarela

Mais uma sexta-feira, um comecinho do final de semana que promete passeios, encontros, descanso, lazer, enfim, tudo de bom! Quero dizer, se pudermos nos mostrar sociáveis, adeptos da boa diplomacia mesmo quando aquele parente ou amigo aparece de supetão na hora do rango - detalhe: bem no dia em que só tinha macarrão instantâneo!(rs). A respeito disso tenho postado alguns textos que despertam (ou deveriam) em nós alguma mudança ou apenas o reforço do que já fazemos de positivo.
Tenho percebido que após uma certa idade nos tornamos mais "donos de nosso narizes" do tipo "eu sou mais eu!" e isto nem sempre significa possuir toda sabedoria do mundo, implica numa autossuficiência, por vezes, erigida sobre o fino gelo de algumas deficiências. E, sem delongas, espero que aprecie a reflexão que incide no provérbio "falar é prata, calar é ouro!"


A Tartaruga Tagarela

Era uma vez uma tartaruga que vivia num lago com dois patos, muito seus amigos. Ela adorava a companhia deles e conversava até cansar. A tartaruga gostava muito de falar. Tinha sempre algo a dizer e gostava de se ouvir dizendo qualquer coisa.
Passaram muitos anos nessa feliz convivência, mas uma longa seca acabou por esvaziar o lago. Os dois patos viram que não podiam continuar morando ali e resolveram voar para outra região mais úmida. E foram dizer adeus à tartaruga.
- Oh, não, não me deixem! Suplicou a tartaruga. - Levem-me com vocês, senão eu morro!
- Mas você não sabe voar! - disseram os patos. - Como é que vamos levá-la?
- Levem-me com vocês! Eu quero ir com vocês! - gritava a tartaruga.
Os patos ficaram com tanta pena que, por fim, tiveram uma ideia.
- Pensamos num jeito que deve dar certo - disseram - se você conseguir ficar quieta um longo tempo. Cada um de nós vai morder uma das pontas de uma vara e você morde no meio. Assim, podemos voar bem alto, levando você conosco. Mas cuidado: lembre-se de não falar! Se abrir a boca, estará perdida.
A tartaruga prometeu não dizer palavra, nem mexer a boca; estava agradecidíssima! Os patos trouxeram uma vara curta bem forte e morderam as pontas; a tartaruga abocanhou bem firme no meio. Então os patos alçaram voo, suavemente, e foram-se embora levando a silenciosa carga.
Quando passaram por cima das árvores, a tartaruga quis dizer: "Como estamos alto!" Mas lembrou-se de ficar quieta.
Quando passaram pelo campanário da igreja, ela quis perguntar: "O que é aquilo que brilha tanto?" Mas lembrou-se a tempo de ficar calada.
Quando passaram sobre a praça da aldeia, as pessoas olharam para cima, muito espantadas.
- Olhem os patos carregando uma tartaruga! - gritavam. E todos correram para ver.
A tartaruga bem quis dizer: "E o que é que vocês tem com isso?"; mas não disse nada. Ela escutou as pessoas dizendo:
- Não é engraçado? Não é esquisito? Olhem! Vejam!
E começou a ficar zangada; mas ficou de boca fechada. Depois, as pessoas começaram a rir:
- Vocês já viram coisa mais ridícula? - zombavam.
E aí a tartaruga não aguentou mais. Abriu a boca e gritou:
- Fiquem quietos, seus bobalhões...!
Mas, antes que terminasse, já estava caída no chão. E acabou-se a tartaruga tagarela.
Moral da história: Há momentos na vida que é melhor ficar de boca fechada.

Fonte do texto:Otimismo em Rede
Fonte da imagem: Google

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tertúlia Virtual - PRAZER

Pequenos Prazeres, GRANDES SENSAÇÕES!


Prazer em conhecê-la, Tertúlia!
Esta é a primeira vez que participo do evento. Se pretendo continuar? Claro! Busco prazer lendo e escrevendo, a sensação que tenho assemelha-se à dança, preciso de um par que saiba conduzir, que seja gentil e goste tanto disso quanto eu.
Quer melhor oportunidade para tal?
O prazer de fazer o que se gosta pode ser diferente do prazer em gostar do que se faz? O que me diz? Eu penso que sim.
Acredito que seja único em cada pessoa e em cada momento. Por vezes, o prazer é que nos encontra vida afora, assim mesmo, sem termos procurado por ele, sem grandes esforços e, se estivermos prontos para recebê-lo, poderemos nos deleitar ao encontrar a pessoa amada, a melhor amiga ou amigo, ao esbarrar nas felizes “coincidências” de nossos monótonos dias.
Quanto prazer nos cerca sem que saibamos da sua sutil existência, concorda? Alguns tão pequenos e tão singelos...passamos por eles e nem os notamos... que pena! Poderíamos ter potencializado essa sensação se tivéssemos percebido antes.
Prazer inigualável encontra-se no pedaço de bolo de chocolate feito por mãos carinhosas; no passeio ao lado de alguém tão especial; ao ver o riso gostoso de seu bebê; ao presentear quem se ama; ao oferecer a mão amiga e receber um coração agradecido; ao dedicar-se de corpo e alma e ouvir um elogio, ou ainda, elogiar quem se dedicou igualmente; compartilhar, com alegria, palavras como: “Bom dia! Boa tarde! Boa noite! Por gentileza! Como está? Posso ajudar? Conte com minha amizade. Obrigada (o). Seja feliz!”, entre tantas e tantas outras formas de expressão do prazer que não seria possível mensurá-las todas. E você, quais incluiria nesta lista infindável?
Ora, estou a falar de modo positivo do prazer, deste tipo que constrói e edifica, tanto em nós quanto nos outros. Entretanto, muitos procuram ou encontram satisfação no desprazer. Pessoas cuja índole desvirtuou-se, ficou às avessas, tornou-se torpe... consomem precioso tempo, delas e de seu próximo, trazendo à tona toda ruína humana, fazendo pouco caso, maltratando, espezinhando... a esse tipo de pessoa posso dizer com todas as letras: é um desprazer conhecê-la! Quanto mais distante, melhor! Além disso, não é hígido viver ao lado de gente assim: pode contaminar nossa mente, nossa alma... correremos o risco da perda do prazer evolutivo, do prazer criador, do prazer desafiador, dos tantos prazeres que nos mantêm vivazes.
Pessoas aborrecidas, tristes ou deprimidas não sentem prazer. Sentem? Duvido. E o problema é este. Fomos feitos para o prazer na proporção em que ele foi feito por nós e para nós. Ficamos totalmente dependentes, então, quem consegue viver sem? Por essa razão digo que se encontrarmos prazer nas pequenas coisas, mais fácil será encontrá-lo nas grandes. Mais gratos seremos. Mais felizes também.
E, concluindo, foi um prazer participar! Até o próximo tema! Que seja tão prazeroso quanto este!













sexta-feira, 10 de abril de 2009

REFLEXÃO - JESUS DE NAZARÉ

"Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei."
Jesus

Aqueles eram dias em que Roma dominava o mundo...
Sua águia sedenta de sangue sobrevoava o cadáver das civilizações e povos vencidos.
Os valores éticos eram esquecidos...
A desconsideração moral permitia que os ideais da humanidade fossem manipulados pelas estruturas políticas odientas que levavam por terra as construções filosóficas e espirituais do passado.
Foi nessa paisagem que Jesus veio apresentar a doutrina de amor, propondo uma nova ordem fundamentada na solidariedade fraternal.
Surgiu na Terra o Homem-Luz para modificar a arcaica estrutura do homem-fera.
Tratava-se de Personalidade inconfundível e única. Deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível.
Longos e sedosos cabelos molduravam-Lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida.
Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia.
Irradiava da Sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Sua palavra, Seus feitos, Seus silêncios estóicos dividiram os tempos e os fatos da história.
Conviveu com a ralé, e, trabalhando-a logrou fazer heróis e santos, servidores incansáveis e ases da abnegação...
Utilizando-se do cenário da natureza, compôs a mais comovedora sinfonia de esperança. Na cátedra natural de um monte, apresentou a regra áurea para a humanidade, através dos robustos e desafiadores conceitos contidos nas bem-aventuranças.
Dignificou um estábulo e sublimou uma cruz...
Exaltou um grão pequenino de mostarda e repudiou a hipocrisia dourada dos poderosos em trânsito para o túmulo, quanto à covardia mofa, embora disfarçada, dos déspotas da ilusão mentirosa.
Levantou paralíticos.
Limpou leprosos.
Restituiu a visão a cegos.
Reabilitou mulheres infelizes.
Curou loucos.
Reanimou desalentados e sofredores.
Em troca do amor que dedicou foi alçado à cruz...
Seus pés, que tanto haviam caminhado para a semeadura do bem, estavam ensanguentados.
Suas mãos generosas e acariciadoras eram duas rosas vermelhas, gotejando o sangue do suplício.
Sua fronte, em que se haviam abrigado os pensamentos mais puros do mundo, se mostrava aureolada de espinhos.
O Mestre, todavia, que vivera e falara da Boa Nova que é toda uma cascata de luz e de alegria, prenunciando a vitória da vida sobre a morte, do bem sobre o mal, da bondade sobre a perversidade, roga a Deus com extrema sinceridade:
"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!..."
***
O amor é o perene amanhecer, após as sombras ameaçadoras.
A palavra de Jesus, na tônica do amor, é a canção sublime que embalou Sua época e até hoje constitui o apoio e a segurança das vidas que se Lhe entregam em totalidade.

Livros consultados:
1) Trigo de Deus - Amélia Rodrigues pág. 140, cap. Trigo de Deus.

2) Há dois mil anos - cap. O Messias de Nazaré.
3) Boa Nova cap. 16 - O Testemunho de Tomé.
4) Estudando o Evangelho - Martins Peralva.
FELIZ PÁSCOA AOS AMIGOS E AOS QUE ACREDITAM NA VIDA NOVA!

Fonte do Texto: http://www.momento.com.br/
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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Povo Santo e Pecador!

Normalmente as pessoas chegam esgotadas do trabalho. Hoje cheguei muito mais que o normal, com a cabeça em chamas, com o coração melancólico...mil pensamentos convergindo para um único ponto que não comportava uma vírgula sequer. Trechos da música "Zé Ninguém" do Biquíni Cavadão ecoavam em meus pensamentos: "Eu não sou ministro, eu não sou magnata
Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém
Aqui embaixo, as leis são diferentes..."

Estresse total...desgaste...frustração...tristeza e indignação com o "bicho homem", pois é, o termo bicho vem bem a calhar com o que estou sentindo. Sei o quanto meu trabalho é estressante e o quanto é desmerecido, contudo, nem por isso desisto dele e você que lê este texto agora pode se enquadrar na lista daqueles que, como eu, também fazem parte das profissões mais estressantes e desvalorizadas do planeta, por isso não me queixo tanto, já tive outros empregos e sei que sempre haverá obstáculos onde quer que estejamos, afinal, o "bicho homem" é o mesmo em todo lugar ou não?

E, além do estresse rotineiro a que somos submetidos, alguns fazem questão de tornar a vida mais complicada, ora descambando contigo no melhor dos barracos, ora fazendo ameaças psicológicas num tom velado, numa classe de dar inveja a qualquer lorde inglês, isso tudo no intuito de realizarem seus desejos tais quais imaginavam. Onde entro nesta história? Ah! Sim...sou a personificação de uma minúscula parte da megaengrenagem brasileira chamada
BUR(R)OCRACIA! Aquela sem boa vontade que só quer dificultar a vida dos que precisam...

Sinto-me consternada com os problemas alheios e faço das tripas coração para resolver da melhor forma dentro das regras que me são impostas e, antes que alguém diga: não concordo com o famoso "jeitinho" para solucionar tudo, pois, embora não pareça, é através do jeitinho que a corrupção começa. Pensamos em corrupção quanto a grandes desfalques, porém, pequenas ações ilícitas funcionam para manter e proliferar, sorrateiramente, atitudes maiores.

Claro que reconheço aqueles que agradecem, aliás, bem poucos, tanto que quando alguém é cortês de verdade chego a ficar sem palavras...nessas horas acredito novamente na humanidade, nesse "povo santo" que está em busca de algo maior.

O título é frase do Padre Lauri que, com seu sorriso faceiro e suas passadas largas do altar até os fundos da capela nas celebrações, olhos nos olhos dos fiéis, sempre ressaltava esta dubiedade humana: santidade e pecado. Através dessa frase eu reconhecia em mim os defeitos que levariam ao inferno e as virtudes que levariam ao céu. Logicamente estou a resumir conceitos teológicos minuciosa e exaustivamente esclarecidos nas muitas e muitas homilias do amigo e conselheiro referido.
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sexta-feira, 3 de abril de 2009

REFLEXÃO - A cor do mundo




Ótima sexta-feira para todos nós!


Só se for para mim? Por quê? Ah! Você teve uma semana terrível...ops, desculpa! Quem sabe na próxima semana tudo seja bem diferente, não é?
Ah!Não? Nunca melhora? Xiii...
Já passou por isso em algum momento ou você é quem fez alguém ficar assim, com "cara de tacho", depois de uma saudação?
Pense bem! Vejo pessoas felizes e, num dado dia, ficam tristes, mas, logo se descobre o que houve (doença, desemprego, estresse do trabalho, etc.), depois voltam ao seu "normal".Em contrapartida, vejo pessoas tristes e/ou mau-humoradas continuamente e é muito raro vê-las num dia de felicidade, então pergunto: são mais abençoadas as primeiras por jamais terem nenhum tipo de problema em detrimento destas últimas? O que as difere?
Em minhas reflexões postadas às sextas-feiras vou em busca de algumas mudanças, por pequeninas que sejam, que podem tornar-se muito significativas em termos de qualidade de vida, especialmente, de vida em sociedade.


A Cor do Mundo
O ancião descansava sentado em um velho banco à sombra de uma árvore, quando foi abordado pelo motorista de um automóvel que estacionou a seu lado :
- Bom dia !
- Bom dia ! Respondeu o ancião.
- O senhor mora aqui ?
- Sim, há muitos anos...
- Venho de mudança e gostaria de saber como é o povo daqui.Como o senhor vive aqui há tanto tempo deve conhecê-lo muito bem.
- É verdade, falou o ancião. Mas, por favor, me fale antes da cidade de onde vem.
-Ah ! É ótima. Maravilhosa ! Gente boa, fraterna... Fiz lá muitos amigos.Só a deixei por imperativos da profissão.
- Pois bem, meu filho. Esta cidade é exatamente igual. Vai gostar daqui.
O forasteiro agradeceu e partiu.Minutos depois apareceu outro motorista e também se dirigiu ao ancião :
- Estou chegando para morar aqui. O que me diz do lugar ?
O ancião, lançou-lhe a mesma pergunta :
-Como é a cidade de onde vem ?
-Horrível ! Povo orgulhoso, cheio de preconceitos, arrogante !Não fiz um único amigo naquele lugar horroroso !
- Sinto muito, meu filho, pois aqui você encontrará o mesmo ambiente...
Todos vemos no mundo e nas pessoas algo do que somos, do que pensamos, de nossa maneira de ser.Se somos nervosos, agressivos ou pessimistas, veremos tudo pela ótica de nossas tendências, imaginando conviver com gente assim.Em outras palavras, o mundo tem a cor que lhe damos através das nossas lentes.



E REPETINDO: ÓTIMA SEXTA-FEIRA PARA TODOS NÓS. SÁBADO E DOMINGO MELHORES AINDA!

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quarta-feira, 1 de abril de 2009

Apesar de ser 1º de Abril, é verdade!



Sei que é pouco, aliás, bem pouco comemorar apenas 1 mês do Viraletras, mas quem é "pai" ou "mãe" sabe o quanto é importante vibrar a cada dia, cada semana, cada mesinho do crescimento de seu "baby"(rs), pois é, este aqui é um neném que precisa de atenção e carinho, para ser sincera, nem imaginava o quanto iria exigir meu tempo e dedicação! Mas como todos os desafios aos quais me proponho, não arredo o pé se a coisa não ficar a melhor possível! Fuço, leio, escuto, aprendo e, o que mais me instiga nesta vivência: compartilho isso tudo que absorvi em forma de letras, muitas letras...meu mundo, então, vira... letras! E o seu, o que vira?
Ah! Porém, não é só isto não! Letras são apenas o início...junto delas há muito mais: formas, cores, sonoridade, significantes e significados, ideias, sensações e sentimentos!
E, para fazer jus ao meu pequeno, presenteio aos amigos também com o poema de Olavo Bilac, da sua Coletânea de Poesias Infantis:

A Infância


O berço em que, adormecido,
Repousa um recém-nascido,
Sob o cortinado e o véu,
Parece que representa,
Para a mamãe que o acalenta,
Um pedacinho do céu.

Que júbilo, quando, um dia,
A criança principia,
Aos tombos, a engatinhar...
Quando, agarrada às cadeiras,
Agita-se horas inteiras
Não sabendo caminhar!

Depois, a andar já começa,
E pelos móveis tropeça,
Quer correr, vacila, cai...
Depois, a boca entreabrindo,
Vai pouco a pouco sorrindo,
Dizendo: mamãe... papai...

Vai crescendo. Forte e bela,
Corre a casa, tagarela,
Tudo escuta, tudo vê...
Fica esperta e inteligente...
E dão-lhe, então, de presente
Uma carta de A.B.C...

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