sexta-feira, 31 de julho de 2009

REFLEXÃO – Gripe A (H1N1) – 2º round

Estive a falar desse assunto não faz muito tempo como você pode comprovar neste post. Detalhe: muitos blogueiros estão a escrever sobre o assunto, o que é ótimo porque se preocupam e ajudam a divulgar, cada um ao seu modo, tal qual trabalho de formiguinha – parece que não faz efeito, todavia, logo vê-se um pequeno monte em crescimento.

Até então havia uma linha (ainda que imaginária) dividindo melhor quem seria de quem não seria suspeito da gripe A(H1N1), porém, essa linha desapareceu por completo, ainda há casos de contato com pessoas que viajaram para países com altos índices de mortalidade e de outros que nem sequer têm noção das pessoas infectadas e olha que esses “outros países” estão mais perto do que se pensa, hein! Nesse sentido o Brasil ainda tem algo do que se orgulhar, tenta-se, ao menos, enumerar a quantas anda a epidemia, se por um lado parece algo frio ater-se aos números, por outro é importante para mudarmos as estatísticas: não queremos que elas sirvam apenas para contar vidas que se tornaram vítimas da mais nova epidemia que o mundo vem enfrentando, de modo algum. Pessoas que trabalham na área da saúde como eu têm família, não esqueça! Não estamos imunes, aliás, corremos um grande risco, entretanto, lá estamos à toda prova procurando a melhor fórmula para aliviar as tensões e cuidar dos que precisam.

Ressaltando as novas instruções (que mudam a toda hora por conta das mesmas estatísticas mencionadas anteriormente, daí sua importância para combate e controle da epidemia) no intuito de direcionar melhor a detecção e o manejo dos suspeitos da gripe A(H1N1), segue: pessoas que apresentem febre igual ou superior a 38°, tosse e/ou dor de garganta associada a outros dois sintomas pelo menos (dores musculares, dor de cabeça, diarréia, vômito, falta de ar, coriza) serão consideradas suspeitas e deverão ser isoladas em casa e monitoradas após consulta médica, ou seja, o paciente deve estar atento quanto à febre: abaixou, aumentou? De quanto em quanto tempo? De preferência seria bom que anotasse as temperaturas medidas, além dos demais sintomas que iniciaram junto da febre: estabilizaram ou pioraram? Lembre-se: nada de paranóia, isso não ajuda e ainda prejudica os que, de fato, estão doentes. Se está realmente tendo os sintomas e não apenas aquela "sensação", procure o serviço de saúde ou seu médico de confiança. Não espere que te perguntem: está com isso, aquilo ou aquilo outro? Médicos, enfermeiras e auxiliares/técnicos de enfermagem precisam de dados para conseguirem fazer o trabalho deles tramitar adequadamente. Já vi gente agir e responder grosseiramente, esperando que houvesse uma "bola de cristal" instalada e que "adivinhassem" a que vieram logo ao chegar na recepção! Uma unidade de saúde atende, atualmente, suspeitas de gripe A(H1N1), porém, outras doenças ainda existem e, como se não bastasse, confundem-se aos sintomas dessa nova epidemia.

Outro detalhe importantíssimo que eleva a suspeição dos casos ao nível dos “grupos de risco”: gestantes; crianças menores de 5 anos, especialmente as abaixo de 2 anos; pessoas acima dos 60 anos; imunodeprimidos (em tratamento quimioterápico, portadores de HIV); renais crônicos; cardiopatas; diabéticos; obesos mórbidos; portadores de doenças que alteram a hemoglobina como anemia falciforme; pneumopatas – essas pessoas serão passíveis de internação hospitalar em caso de contato com o vírus e apresentando os sintomas referidos no parágrafo anterior. Nesse link é interessante notar que um especialista reforça a importância da PREVENÇÃO, o que é muito bom e, curiosamente, discorda de crianças e idosos constarem nos grupos de risco. Quanto à prevenção creio que deveria ter sido anunciada desde o princípio de modo constante e incansável, já disse e repito. Agora o caldo está entornando, ainda estamos “segurando as pontas”, está dificílimo… ontem as escolas dispensaram os alunos que haviam retornado essa semana e orientaram nova volta às aulas dia 10 de agosto até segunda ordem. É uma boa precaução, contudo, não basta somente isso, é preciso CONSCIENTIZAR ainda mais a população nesse momento crítico. EVITAR AS AGLOMERAÇÕES DESNECESSÁRIAS; LAVAR AS MÃOS CONSTANTEMENTE, INCLUSIVE, APÓS TOSSIR, ESPIRRAR E USAR O BANHEIRO; NÃO COMPARTILHAR OBJETOS PESSOAIS AO SER SUSPEITO DA GRIPE A (H1N1) são as principais atitudes e não há médico ou funcionário de saúde que resolva o problema se não formos, cada um de nós, responsáveis por essa etapa da PREVENÇÃO!

Como os casos estão aumentando consideravelmente (para não dizer, galopantemente), a coleta de material para comprovar a contaminação pelo vírus A (H1N1) será por “conglomerado”, isto é, em famílias ou locais de trabalho em que várias pessoas daquele mesmo grupo apresentem os mesmos sintomas (recapitulando: febre igual ou maior que 38°, tosse e/ou dor de garganta mais outros dois sintomas gripais) num curto período de tempo, entre 2 a 7 dias de contato. Deverá ser coletada amostra de secreção nasal do caso mais recente e enviada para confirmação. Pois bem: assim como foi com a dengue, ou seja, (eu que fui contaminada em abril de 2007, posso dizer do alto de tão horrorosa experiência o que é ficar “dengosa”) primeiro temos os sintomas, e se Deus quiser, sobrevivemos a eles e somente após estarmos bem curados é que se obterá a confirmação daquilo que acometeu nossa saúde, em resumo: demora muito para ter tal confirmação devido à alta demanda e um número reduzido de laboratórios (para não dizer: insignificante de 3 apenas!) que receberam kits para diagnosticar a nova gripe num país enorme feito o nosso?

Detalhes irritantes da bur®ocracia à parte, como “brava gente brasileira” que somos, apesar do caos que está se instalando (como se já não houvesse caos suficiente no serviço público!), tenhamos o que se é para ter a vida toda, não só agora, certo? Sabe o quê?

FÉ!

Simples e eficaz assim!

Que posso mais dizer, além de toda informação? Se somente ela bastasse, então, estaríamos livres de tantas outras epidemias e coisas do tipo que assolam um país, um estado, uma cidade, um bairro, uma rua, uma família…(xi…a coisa vai chegando tão perto da gente e, catástrofes que parecem acontecer só na casa do vizinho, subitamente, acontecem também na nossa?). Não sejamos ingênuos.

Cuidemos de nós e dos nossos! Especialmente daqueles que já têm uma saúde mais frágil, ok? A gripe em si não é o problema maior e sim as complicações oriundas dela.

Espero que possamos ter muitos bons finais de semana longe dessa nova gripe e, se não, que consigamos segurar os números que insistem em aumentar, especialmente, os que estão ceifando vidas! Prevenção da Gripe A (H1N1)

Fonte de imagem: Google

sexta-feira, 24 de julho de 2009

REFLEXÃO - Férias

Mês de julho é época de férias da meninada. Que felicidade para elas, não é? E para os pais, o é igualmente? Não sei, às vezes tenho dúvidas se os adultos gostam tanto desse período quanto os filhos, pois, cheguei a ouvir mais de uma mãe a lamentar: "ai, ai...lá vêm as férias!", como se fosse ruim? "Epa! Por que será?" - pensei comigo. Pais que trabalham fora e dependem da escola (dentre outras funções que competem a esta) também como forma de "babá" no horário em que estão dando expediente, podem até sentir falta do período letivo, entretanto, sabemos bem que a função primeira desse local é educar e não manter nossos filhos sob vigília tão somente. Bom seria se houvesse boas escolas com alternativas para casos excepcionais, entendo que não é fácil ter que trabalhar e não saber com quem ou onde deixá-los, porém, devemos pensar que o período de férias, tanto o de agora quanto ao final do ano escolar não são apenas para descanso dos professores e funcionários (Até parece! Tenho colegas que realizam várias atividades pendentes nesse período e pouco aproveitam o "tempo livre", engana-se quem pensa que professor descansa muito por conta disso). E pensei novamente com meus botões: "São só duas semaninhas magras, que mal há nisso?"
De fato, mal nenhum, muito pelo contrário. É tempo de aproveitar mais "nossa criança", de conversar, de brincar, de vivenciar coisas ditas "bobas"(assistir um desenho e comer pipoca no meio da tarde, preparar uma pizza juntos ou levá-la ao parque - algum tipo de atividade que saia do cronograma rotineiro do resto do ano, entende? Se seu filho já tem por rotina isso, então, invente outras, mas, crie oportunidades novas de experimentar e estar perto dele).
E, falando em experimentações, há um tempo ganhei um livro num sorteio do orkut, nem acreditei, sempre acho que tem gente somente querendo levar vantagem na Internet ou sacanear os menos atentos com todo tipo de tralha que possa destruir nosso pc...desconfio bastante, porém, também procuro fontes e chego a conclusões que, eventualmente, vale a pena arriscar. Minha sobrinhamiga está de prova! Foi ela quem me alertou e não é que recebi o livro em casa? Trata-se do "Agressividade Infantil - Relax e reprogramação emocional para crianças" de Cristina Locatelli. Foi ótimo lê-lo e aconselho a quem queira. O conteúdo é interessante e prático, a minha sensação durante a leitura foi da autora o tempo todo enfatizando o amor e a valorização deste entre pais e filhos, ao contrário do que o título pareça sugerir: tratar apenas da questão "agressividade". Entender o porquê a criança muitas vezes se rebela é importantíssimo. Quantas vezes queremos passar por cima do que ela quer dizer com a atitude ou a fala "agressiva", resolvendo na chinelada? Quantas vezes nos culpamos por tomar atitudes impensadas e amargamos ver aqueles olhinhos chorosos e o coraçãozinho triste conosco?
Procuro não errar com meu filho, assim como toda mãe que é preocupada em bem educar, inclusive, as palavras que proferimos têm muito peso e como! Viver a insultar, diminuir, denegrir, desprezar ou coisas que afetem negativamente a criança podem contribuir e condená-la a sentir e a assumir certas posturas. Uma colega vivia a dizer ao filho que ele "era triste" no sentido de ser muito bagunceiro. Eis que um belo dia essa criança respondeu a um elogio da mãe dizendo: "não, eu não sou bonzinho...eu sou triste!". Triste mesmo foi ela se dar conta do que estava fazendo com a cabecinha do menino e repensar as palavras que dizia ao se referir a ele, aliás, não a ele exatamente, mas, às atitudes dele, como se fosse um rótulo, compreende?
Eu mesma me corrigi um dia por conta de um lembrete bem dado da Cris, ao chamar meu pequeno de "seu tranqueirinha", depois disso, troquei por "meu anjo". E, não por acaso, é uma criança bastante carinhosa e compreensiva, muito alegre e inteligente.
Muitas vezes usamos alguns termos sem nem mesmo atinar o real significado deles, todavia, é preciso repensar até mesmo isso. Não é à toa que digo e repito sempre que o magistério muito me influencia e a pedagogia da sobrinhamiga também atualiza nossas conversas. Mãe mais informada pode correr menos riscos, isenta deles nenhuma está!
A questão das férias escolares também pode ser encarada como uma bênção, muito mais do que um problema a ser resolvido no meio e no fim do ano. Passar um pouco mais de tempo com a criança, fazer algo junto dela, apreciar suas habilidades, ouvi-la mais, dedicar-lhe atenção e carinho constantes não tem preço e só pode beneficiar ambas as partes, não acha? Vejo no trabalho que as pessoas, em geral, querem coincidir seu período de férias com o dos filhos, é muito bom saber que se preocupam, que tentam ao menos! Sei que nem sempre é possível, afinal, muitos funcionários para poucos e os mesmos meses ingratos de julho, dezembro, janeiro ou fevereiro. Aff! Decidir férias é sempre estressante nesse ponto também. Fazer o quê? Brigar de igual para igual, seguir as regras da empresa e... aproveitá-las ao máximo, mesmo que sejam em qualquer outro período.
Outro detalhe importante da leitura referida é o do toque. Vamos acrescentar sensações às palavras de carinho: muito cafuné, massagem, beijinhos e abraços apertados! Perco a conta das beijocas que dou nesse baby! E ele as retribui junto de abraços, seja para angariar algo (isso é básico em criança!rs), seja de graça, sem nada em troca! Melhor ainda, não é? E o cafuné para fazê-lo dormir, quantas vezes já não foi meu trunfo? - "mamãe, faz assim..."(massageando a mãozinha sobre a cabeça). Tudo bem que o filho não nos pertence, de certo modo ele ganha asas e voa para o mundo como já ouvimos muito, porém, o mundo lá fora não faz isso pelo filho da gente, faz?
Então, vamos tirar férias de outras coisas, especialmente dos problemas, mas, nunca dos filhos, nunca da possibilidade de estar mais junto e aprender sempre com eles.
Tenha um final de semana muito feliz junto dele ou deles! Falando nisso, vou curtir mais o meu porque as aulas reiniciarão na segunda-feira...que peninha!

Fonte da imagem: Google

sexta-feira, 17 de julho de 2009

REFLEXÃO - Pais e Filhos

Felicidade: paro, penso e...
sinto-me feliz!
Boas coisas aconteceram, outras nem tanto e daí? Coisas curiosas e estranhas também. Seriam pequenos sinais divinos? Seria hora de mudar hábitos e rotinas? Seria o momento oportuno ou o mais certo a se fazer?

Dia desses ouvi um depoimento de uma jovem que sofreu um terrível acidente, inclusive, sua história veicula em PowerPoint pelos e-mails, eu mesma cheguei a achar que fosse criação de alguém tentando amedrontar os que (ainda) bebem e dirigem. O pior é que o fato foi real! Em resumo: um motorista embriagado causou um acidente com o carro da jovem, o qual se incendiou com ela e a deformou de tal maneira que lá se foram 40 cirurgias e muito, muito sofrimento com queimaduras de 3º grau em mais de 60% do corpo. Imagina um absurdo desses? Tamanha dor (no corpo e, especialmente, na alma) é incalculável, foge à minha pequenez... a história dela poderia culminar em suicídio para muitos, porém, lá estava exposta num programa de TV famosérrimo contando sua experiência nesse desastre que modificou não apenas sua aparência externa, modificou seu ser. Ela atualmente se vê a mesma pessoa, obviamente não no aspecto físico, ela consegue dizer a si mesma que é possível encontrar a paz de espírito, um conforto para a alma ou como queira chamar esse ato de "permitir-se ser feliz."
Na quinta-feira recebi um convite de uma pessoa muito próxima e, embora eu o tivesse recusado, diante da insistência, notei que era sim um pretexto para algo maior. Então, lá fomos para uma reflexão bíblica em grupo na casa da mãe dela. Na adolescência fui uma beata, muito aprendi com os grupos de jovens, porém, mudanças de endereço, faculdade, casamento, etc., afastaram-me, de certo modo, dessa realidade. Fiquei à distância, mais recolhida. Nada de grupos nem encontros na igreja. Vivenciei os "grupos da vida": no trabalho, na escola, na família. Dizem que o mundo nos ensina muito, mas, muito do bom e do ruim, não é? É preciso peneirar somente o que é bom, o resto é resto, se não serve para mim nem para você, então, desprezo sem titubear.
Agora diga: o que tem de ligação entre os pontos levantados até aqui? Felicidade, superação e convite? Não necessariamente nessa ordem. Sei lá, pensa um pouquinho e diga se encontra elo entre os três.
Pensou? Ainda não? Tenta, vai...faz um esforço! Isso...
Depois me conta o que foi de interessante que saiu dessa cabecinha, ok?

Bem, dessa aqui saíram conjecturas, divagações mil...rs, ao final, muito positivas. No começo o convite pareceu-me uma cilada(rs), um pequeno grupo de onze adultos e cinco crianças reunido para refletir trechos da Bíblia e absorver uma gota de conhecimento. Os que já se reúnem semanalmente foram revezando leituras e dinâmicas do encontro, passado alguns minutos de concentração no assunto em questão "justiças e injustiças", entrei na roda viva e soltei o verbo. De repente, aquele grupo que estava meio que acanhado e sem palavras tornou-se numa espécie de terapia grupal, um desabafo de suas frustrações e, claro, senti-me na obrigação de amarrar o assunto com o trecho que havia sido lido antes para não ficarmos só nesse momento "tenho pena de mim!". Veio à luz as experiências daquelas pessoas, inclusive as minhas, especialmente das perdas. É justo? Injusto? Perder mãe, marido, filhos? Qual o peso de cada perda dessas? É justo descarregarmos as nossas perdas sobre os outros em forma de ira? Resolve ou ameniza a dor?E o outro, também não tem as próprias perdas e dores? Será justo com ele?

Após o encerramento do encontro é que pude conversar mais com a pessoa responsável pelo "convite cilada"(rs) e parabenizá-la pelo motivo que a fez juntar-me àquele grupo na casa de sua mãe. Sua perda também reverteu-se em alegria! Lá estava ela e o marido: novamente grávidos! Queriam muito compartilhar a felicidade que sentiam e eu (quase) me neguei a estar presente. Logo o assunto mudou de ares e tudo soava como novidade e até redenção. Sim, se nos é "permitido" que tenhamos perdas, também nos é "permitido" que tenhamos presentes divinos e quer coisa mais divina que a vinda de um filho?
Agora, podem criticar à vontade o que vou dizer, já o disse para a nova mamãe em questão, talvez ela nem se recorde, falamos tantas coisas sobre tudo(rs), mas, vejo que Deus nos permite ter filhos para que nos sintamos um pouco como Ele, entende? Uma prova de fogo. Queremos o melhor para aquele ser, nos primeiros anos tão indefeso, de repente, ganha autonomia e o mundo, contudo, mãe e pai são para sempre, mesmo os que têm suas divergências e conflitos sabem, lá no fundo, que a figura deles permanece em nós, seja fisicamente, nos genes, seja no coração ou só na mente. Quantas pessoas relatam e atribuem dificuldades na fase adulta por conta dessa relação pais e filhos? O quanto pai e mãe são realmente "culpados" pelo sucesso ou fracasso de um filho?

E quanto à história de superação da jovem que sofreu o trágico acidente de carro? Bem, acabei por suscitar o caso somente entre o mais novo casal de "grávidos", nos referindo ao "desabafo coletivo" surgido no encontro bíblico e o quanto nos lamentamos dos infortúnios, esbravejamos até contra a Mão Divina que rege o mundo, assim mesmo, como os filhos acusam os pais quando se frustram: a culpa é sua porque estou nessa situação!
"Sou uma gota d'água
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não lhe entendem
Mas você não entende seus pais
Você culpa seus pais por tudo
Isso é absurdo
São crianças como você
O que você vai ser
Quando você crescer?"
trecho da música Pais e Filhos - Legião Urbana

E a jovem acidentada disse que podia sentir-se feliz, apesar da tragédia, permitia-se ter pena de si mesma apenas cinco minutos por dia e arrancou risos da plateia dando uma "palhinha" desse momento de lamúria diária: "Por que isso foi acontecer logo comigo? Bom, acabaram-se os 5 minutos!"

Concluo que somos "convidados" a aceitar ou não certos desafios nessa vida, uma delas é nos tornarmos pais e mães. Permitirmos a "felicidade" é melhor do que lamentarmos o "leite derramado" e a "superação constante" pode ser o bálsamo necessário nessa escalada.
*PS.: apesar do atraso na postagem por conta de alguns contratempos, a reflexão aqui está e espero que todos possamos ter um ótimo fim de semana, bem como uma ótima jornada durante a vida: com convites, superação e felicidade! Aliás, aproveitarei o espaço para novamente PARABENIZAR O CASAL DE AMIGOS RECÉM-GRÁVIDOS! A JOVEM MAMÃE TAMBÉM É BLOGUEIRA E LOGO SE MANIFESTARÁ, ENTÃO, NÃO QUERO ADIANTAR MAIS!

Fonte das imagens: 1ª Google; 2ª Anne Geddes

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tertúlia Virtual - Tema Livre


Escolhe!

Nasci...
Cresci...
Tornei-me homem...
Doravante livre arbítrio:

Se lembro ou esqueço,
Se esfrio ou aqueço,
Se desvio ou endereço,
Se sorte ou insucesso,

Se fracasso ou venço,
Se falo ou penso,
Se mantenho ou apresso,
Se suficiente ou excesso,

Se ignoro ou enterneço,
Se fragilizo ou fortaleço,
Se libero ou impeço,
Se omito ou confesso,

Se inerte ou propenso,
Se calmo ou tenso,
Se desobstruo ou tropeço,
Se admito ou despeço,

Se correto ou avesso,
Se singelo ou adereço,
Se tranquilo ou possesso,
Se militante ou egresso,

Se calo ou expresso,
Se contínuo ou recesso,
Se prossigo ou recomeço...

Não importa!
E quem as decidirá senão eu mesmo?
Posso conferir a outrem tão árdua tarefa?
O tic-tac do relógio apressa!
Sem hesitar me convenço!
Por fim,
Se há prejuízo ou ganho,
Se saio intacto ou me arranho,
A escolha ainda é minha!


Fonte de imagens: Google

sexta-feira, 10 de julho de 2009

REFLEXÃO - Sucesso e Sucesso

"O caminho mais curto para o sucesso é sempre tentar mais uma vez."
Thomas Edison


Há algum tempo postei uma interessante história de Thomas Edison e essa citação anterior tem muito do que existiu naquela situação e tem conexão com o que vislumbrei hoje para minha postagem: o que é sucesso? se é feliz com ele, sem ele? existe um preço a pagar? sucesso independe de glamour e dinheiro? é possível ter sucesso em todos os aspectos da vida, inclusive nos pessoais?
Atualmente o mundo tem visto noticiar insistentemente a trajetória do rei do pop Michael Jackson. Também ele teve sua história de sucesso, porém, agregada aos infortúnios da vida particular, que iniciou logo na infância e culminou no uso desregrado daquilo que o mataria ainda jovem, afinal, há tantos exemplos de celebridades que já passaram dos 50, 60, 70 e por aí afora, não? Pena mesmo um talento daquela magnitude ter ficado pelo caminho.
Acredito eu, a geração que o acompanhou em sua ascensão, sentindo o impacto de seus altos e baixos e o viu terminar de modo súbito e, aparentemente, evitável (a morte muitas vezes é assim, sempre se quer justificá-la até que se converta, de algum modo, em vida novamente, até que a dor alivie aqui dentro...) deve questionar muito o que houve, passei por isso com minha mãe e não é estranho entender o choro dos fãs, até o desespero de alguns.
É compreensível a dor, não a menosprezo. Dor e sentimento não se mensuram, por isso muitos desencontros entre nós, seres humanos, tão frágeis, tão complexos, tão fortes... por isso MJ, talvez, em minha pobre filosofia, tenha se perdido e tenha tentado se encontrar sem sucesso. Talvez, por isso mesmo, seu talento musical, a arte de inovar na dança e dominar um palco como poucos tenha se tornado uma espécie de bandeira a encobrir dores e sentimentos. Seus feitos em prol de minorias necessitadas ficam de exemplo para os que podem ajudar mais e nunca o fazem e para os que criticam aqueles que ajudam: não fez mais que obrigação!
Nunca fui dessas que teve um ídolo que me fizesse arrancar os cabelos da cabeça, gritar enlouquecida em meio à multidão e todo tipo de fanatismo que se nota entre várias pessoas. Admito que gosto das músicas e da irreverência com que Michael Jackson se apresentava, cheguei até a usar um de seus clipes "Earth Song" numa de minhas aulas de estágio de Inglês.
Por entre noticiários e outros programas de TV pude notar o mito em que se tornou o referido cantor, e deixando especulações de todo tipo à parte, pude sentir a tristeza junto da família (tão cheia de defeitos como todas as nossas!) e todo sentimento compartilhado pelos amigos. Ali não havia apenas o sentimento de ausência de uma voz de sucesso que se cala diante do microfone e dos holofotes, havia muito mais, havia o choro dos filhos, dos irmãos, das amizades, que bem ou mal, viveram uma história juntos, muito diferente da relação fã e ídolo, compreende? Ídolos vão e vêm, os substituímos, trocamos por novos e, mesmo sofrendo agora, amanhã a vida prossegue porque essa relação se mantém no consumo dos DVDs, dos CDs e de toda coisa que se possa apalpar para matar a saudade. Não discuto aqui o amor dos fãs, é inegável que eles o tornaram no ícone mundial da música pop, refiro-me neste ponto à proximidade, à vivência. Pai, irmão, amigo: era o outro lado ofuscado pelo talento musical e pelas excentricidades de MJ, apesar de toda controvérsia que foi sua vida nos últimos anos, deixa atrás de si essa impressão. Era gente! Não tão somente ídolo afinal! Eis porque o texto que segue abaixo inspirou essa breve reflexão.
Bom final de semana e Sucesso!

Sucesso e Sucesso

Os seres humanos, de modo geral, estão sempre muito preocupados em alcançar o sucesso.
O mundo convencionou que sucesso é o triunfo nos negócios, nas profissões, nas posições sociais, com destaque da personalidade, aplausos e honrarias.
Causam impacto as pessoas que desfilam no carro do poder. Despertam inveja a juventude elegante, a beleza física, os jogos do prazer imediato.
Produzem emoções fortes as conquistas dos lugares de relevo e projeção na política, na sociedade.
Inspiram mágoas aqueles que parecem triunfar na glória e êxito terrestres...
Esse sucesso, porém, é de efêmera duração.
Todos passam pelo rio do tempo e transformam-se.
Risos se convertem em lágrimas...
Primazias cedem lugar ao abandono...
Bajulações são substituídas pelo desprezo...
Beleza e juventude são alteradas pelos sinais da dor, do desgaste e do envelhecimento.
O indivíduo que luta pela projeção exterior, sofre solidão, vazio, frustrações e tédio. Aquele tido pela sociedade como uma pessoa de sucesso não é, necessariamente, uma pessoa feliz.
Todavia, muitos perseguem esse sucesso com sofreguidão, e para mantê-lo desgastam-se emocionalmente, inspiram ódios, guerras surdas ou declaradas, acumulam desgostos.
Entretanto, há outro sucesso efetivo e duradouro que os homens têm esquecido: é a vitória sobre si mesmo e sobre as paixões primitivas.
Dessa conquista ninguém toma conhecimento. Mas a pessoa que a busca, sente-se vencedora por dominar-se a si mesma, alterando o temperamento, as emoções degradantes, e sente a paz disso decorrente.
O indivíduo que experimenta o sucesso interno torna-se gentil, afável, irradiando bondade, e conquista em profundidade, aqueles que dele se acercam.
Quando, no entanto, é externo esse triunfo, a pessoa torna-se ruidosa, impondo preocupação para manter o status, chamar a atenção, atrair os refletores da fama.
O sucesso sobre si mesmo acentua a harmonia e aumenta a alegria do ser, que se candidata a contribuir em favor do grupo social mais equilibrado e feliz, levando o indivíduo a doar-se.
O sucesso de Júlio César, conquistador do mundo, entrando em Roma em carro dourado e sob aplausos da multidão, não o isentou do punhal de Brutus nas escadarias do senado.
O sucesso de Nero, suas conquistas e vilezas, não o impediram da morte infamante a que se entregou desesperado.
O sucesso de Hitler, em batalhas cruéis nos campos da Europa e da África, não alterou a sua covardia moral, que o conduziu ao suicídio vergonhoso.
O sucesso, porém, de Gandhi, -lo enfrentar a morte proferindo o nome de Deus.
O sucesso de Pasteur auxiliou-o a aceitar a tuberculose com serenidade.
O sucesso dos mártires, dos cientistas e pensadores, dos artistas e cidadãos que amaram, ofereceu-lhes resistência para suportarem as afrontas e crueldades com espírito de abnegação, de coragem e de fé.
Sem que nos alienemos do mundo, ou abandonemos a luta do convívio social, busquemos o sucesso - a vida correta, os valores de manutenção do lar e da família, o brilho da inteligência, da arte e do amor - e descobriremos que, nesse afã, teremos tempo e motivo para o outro sucesso, o de natureza interior


Fonte da imagem: Google

Fonte do texto: www.momento.com.br

sexta-feira, 3 de julho de 2009

REFLEXÃO - Por amor ou pela dor?

"O burro nunca aprende, o inteligente aprende com sua própria experiência e o sábio aprende com a experiência dos outros".Provérbio chinês

Tenho pensado em postar algo sobre um assunto pertinente ao meu trabalho e, principalmente, a todos nós sujeitos ao vírus da influenza A(H1N1), que começaram a chamar de gripe suína e que foi erroneamente interpretada por isso (então, a culpa é do porquinho?), por conta desse alarde muita gente ficou apavorada em consumir a carne e, consequentemente, os suinocultores não ficaram muito felizes com o termo, eu também não, simplesmente pelo fato de achar o nome horroroso, concorda? Gripe A(H1n1) soa mais "bonitinho" que gripe suína...rs. Enfim, creio que o mal-entendido tem sido desfeito aos poucos. Ah! Tenho um cunhado que acredita na "teoria da conspiração", pode ser que queiram super valorizar a produção da vacina ou algo parecido para o controle da nova gripe e disseminaram o vírus criado em laboratório, também tem gente que acredita que alguns grupos queiram acabar com o hábito de comer carne suína e impuseram o termo primeiro para disseminar o medo! Quem sabe!
Quais os sintomas? Todos perguntam. Oras, os mesmos de qualquer gripe! Por isso a população se torna alvo fácil dessa nova mutação, nosso organismo ainda não criou defesas, felizmente, muitos de nós supera e superará muitas gripes, contudo, não pensemos em nós somente, pensemos, sobretudo, em crianças, idosos, imunodeprimidos e tantas outras pessoas que poderão ser acometidas pela gripe A(H1N1) e necessitarão de leitos hospitalares, os quais, se requisitados em número maior que o disponível, disputados com outras doenças além da nova gripe...isso não vai prestar, já viu esse filme antes? Eis aqui um belo conselho que ouvi de uma enfermeira, porta-voz das ansiedades dos funcionários envolvidos no trabalho e também expostos a mais essa doença, dentre as que já conhecemos e convivemos: antes de nos preocuparmos apenas quanto à letalidade da gripe A(H1N1), cuidemos para que a epidemia não caia sobre nossas cabeças feito uma avalanche. E como? Cuidados básicos para começar a prevenção e controle, ou seja: lavar bem as mãos com água e sabonete antes das refeições, após espirrar, tossir ou usar o banheiro; evitar tocar olhos, nariz e boca após contato com superfícies; proteger com lenço descartável ou papel higiênico a boca e nariz ao tossir ou espirrar; indivíduos suspeitos ou confirmados da nova gripe devem ficar em casa em repouso (exceto casos de risco), com alimentação balanceada e ingerir muito líquido; manter ambientes ventilados; evitar as aglomerações desnecessárias. São medidas simples que podem contribuir muito para que, de fato, não sejamos nocauteados por mais essa epidemia, lembre-se do que foi a dengue sem a devida conscientização! Ainda continuemos a eliminar água parada, hein! O Aedes Aegypti está à espreita, aguardando nosso vacilo em meio a essa nova epidemia.
Desde a semana passada, quando pela primeira vez tivemos uma suspeita da nova gripe (ainda sem confirmação, pois os exames "viajam" aos laboratórios responsáveis e tudo isso demanda tempo), sei que foi um rápido "Deus nos acuda!", todos os funcionários colocando máscaras, isolando a paciente, atordoados, como quem diz "E agora? Que faremos? A danada chegou aqui também?" (como se o vírus precisasse de passaporte ou convite para cruzar fronteiras, não é?), entretanto, aquele susto súbito do que é inevitável batendo em nossa porta passou, buscamos mais informações, recebemos mais instruções sobre o planejamento que o ministério veicula para os que trabalham com saúde (às vezes sem...) e pela saúde! Tal episódio fez-nos crer que o vírus nos encontrou no mapa: Ai Jesus! Que bichinho esperto, hein!
Agora sério! Vi outro dia um breve lembrete sobre a inevitável epidemia que está chegando ao Brasil, ainda que na referida propaganda o médico diga estarmos "preparados" para a tal gripe. Estamos mesmo preparados para o ataque do "inimigo invisível"? É a pergunta que me faço atualmente e a repasso para quem queira saber como uma epidemia é capaz de suplantar nossa inteligência, daí a citação que fiz questão de colocar logo no topo do post e que também inspirou o título de hoje. Quantas vezes você já ouviu te dizerem: "se não for por amor, será pela dor...", na intenção de alertar que algo precisa e será feito, de um jeito ou de outro. No caso da saúde, seria melhor que fosse por amor, todavia, nem sempre é possível, a dor está (quase) inexoravelmente atada a nossa realidade. Façamos com que ela seja minimizada e evitada, se tanto!
Como "façamos"? Quem tem que fazer não são os órgãos responsáveis pela saúde?
Sim e não. Sim no quesito informar ao máximo possível, conter os "invasores"da melhor maneira que puder, cuidar, tratar e monitorar os que forem expostos. Aqui abro um parênteses (o que diferencia a gripe A(H1N1) nesse momento das outras é o fator CONTATO: apareceram sintomas de gripe? Esteve viajando nos últimos 7 dias? Esteve em contato com quem viajou recentemente e também apresenta sintomas? Esses "contatos" têm nome e endereço ou são apenas frutos de um diz que me diz? Foram ao médico e confirmaram a gripe referida por exames, ou ainda, são suspeitos até que os resultados saiam? Estão em isolamento domiciliar?).E não, quando digo que cada pessoa é responsável pela transmissão e disseminação do vírus, caso não se comprometa com a prevenção e controle, achando que é problema dos outros, tornando-se uma grande aliada do vírus mutante.
Parece um tanto desumano falar em isolar alguém, não acha? Contudo, sem vacina ou remédios apropriados e prescritos por médico, aliás, não se automedique! Pode ser fatal!É um verdadeiro tiro no pé! A opção que sobra viável para o momento é o isolamento, evitando assim que o vírus se dissemine descontroladamente como já ocorreu com toda América do Sul, mais drasticamente com nossos vizinhos e, desse modo, "por amor" daremos preferência aos casos mais graves que venham a surgir.
Imagina se todos que derem um espirro correrem aos postos e hospitais já autodiagnosticando a nova gripe? Colapso total! Além de não ser nada inteligente "aglomerações", lembra? Por ora tenho percebido uma certa letargia por parte das pessoas, olham-nos de máscara e até acham engraçado: "Olha, é verdade que a nova gripe já chegou aqui!" - isso porque não há um caos instalado, parece que estão só esperando por ele para tomar consciência real do que o mundo "lá fora" vem enfrentando. Também não vá esperar mais que 48 horas cheio de sintomas e ainda se encaixando naquele parênteses ali atrás, ok? Nem 8 nem 80, por favor!
Volto ao provérbio do início: seremos burros, inteligentes ou sábios ao lidar com essa situação?
Claro que eu desejo o último!
Não esquece de lavar as mãos depois de mexer nesse teclado e nesse mouse, hein! Quantos já os usaram hoje?
Bom humor é algo que não deve ser confundido com irresponsabilidade, com falta de conscientização ou descuido desde agora, eis porque fiz uso dessas charges. Confira outras no link da fonte de imagens.
Bom final de semana para todos nós!

Fonte das imagens: Kibeloco