Estive a falar desse assunto não faz muito tempo como você pode comprovar neste post. Detalhe: muitos blogueiros estão a escrever sobre o assunto, o que é ótimo porque se preocupam e ajudam a divulgar, cada um ao seu modo, tal qual trabalho de formiguinha – parece que não faz efeito, todavia, logo vê-se um pequeno monte em crescimento.
Até então havia uma linha (ainda que imaginária) dividindo melhor quem seria de quem não seria suspeito da gripe A(H1N1), porém, essa linha desapareceu por completo, ainda há casos de contato com pessoas que viajaram para países com altos índices de mortalidade e de outros que nem sequer têm noção das pessoas infectadas e olha que esses “outros países” estão mais perto do que se pensa, hein! Nesse sentido o Brasil ainda tem algo do que se orgulhar, tenta-se, ao menos, enumerar a quantas anda a epidemia, se por um lado parece algo frio ater-se aos números, por outro é importante para mudarmos as estatísticas: não queremos que elas sirvam apenas para contar vidas que se tornaram vítimas da mais nova epidemia que o mundo vem enfrentando, de modo algum. Pessoas que trabalham na área da saúde como eu têm família, não esqueça! Não estamos imunes, aliás, corremos um grande risco, entretanto, lá estamos à toda prova procurando a melhor fórmula para aliviar as tensões e cuidar dos que precisam.
Ressaltando as novas instruções (que mudam a toda hora por conta das mesmas estatísticas mencionadas anteriormente, daí sua importância para combate e controle da epidemia) no intuito de direcionar melhor a detecção e o manejo dos suspeitos da gripe A(H1N1), segue: pessoas que apresentem febre igual ou superior a 38°, tosse e/ou dor de garganta associada a outros dois sintomas pelo menos (dores musculares, dor de cabeça, diarréia, vômito, falta de ar, coriza) serão consideradas suspeitas e deverão ser isoladas em casa e monitoradas após consulta médica, ou seja, o paciente deve estar atento quanto à febre: abaixou, aumentou? De quanto em quanto tempo? De preferência seria bom que anotasse as temperaturas medidas, além dos demais sintomas que iniciaram junto da febre: estabilizaram ou pioraram? Lembre-se: nada de paranóia, isso não ajuda e ainda prejudica os que, de fato, estão doentes. Se está realmente tendo os sintomas e não apenas aquela "sensação", procure o serviço de saúde ou seu médico de confiança. Não espere que te perguntem: está com isso, aquilo ou aquilo outro? Médicos, enfermeiras e auxiliares/técnicos de enfermagem precisam de dados para conseguirem fazer o trabalho deles tramitar adequadamente. Já vi gente agir e responder grosseiramente, esperando que houvesse uma "bola de cristal" instalada e que "adivinhassem" a que vieram logo ao chegar na recepção! Uma unidade de saúde atende, atualmente, suspeitas de gripe A(H1N1), porém, outras doenças ainda existem e, como se não bastasse, confundem-se aos sintomas dessa nova epidemia.
Outro detalhe importantíssimo que eleva a suspeição dos casos ao nível dos “grupos de risco”: gestantes; crianças menores de 5 anos, especialmente as abaixo de 2 anos; pessoas acima dos 60 anos; imunodeprimidos (em tratamento quimioterápico, portadores de HIV); renais crônicos; cardiopatas; diabéticos; obesos mórbidos; portadores de doenças que alteram a hemoglobina como anemia falciforme; pneumopatas – essas pessoas serão passíveis de internação hospitalar em caso de contato com o vírus e apresentando os sintomas referidos no parágrafo anterior. Nesse link é interessante notar que um especialista reforça a importância da PREVENÇÃO, o que é muito bom e, curiosamente, discorda de crianças e idosos constarem nos grupos de risco. Quanto à prevenção creio que deveria ter sido anunciada desde o princípio de modo constante e incansável, já disse e repito. Agora o caldo está entornando, ainda estamos “segurando as pontas”, está dificílimo… ontem as escolas dispensaram os alunos que haviam retornado essa semana e orientaram nova volta às aulas dia 10 de agosto até segunda ordem. É uma boa precaução, contudo, não basta somente isso, é preciso CONSCIENTIZAR ainda mais a população nesse momento crítico. EVITAR AS AGLOMERAÇÕES DESNECESSÁRIAS; LAVAR AS MÃOS CONSTANTEMENTE, INCLUSIVE, APÓS TOSSIR, ESPIRRAR E USAR O BANHEIRO; NÃO COMPARTILHAR OBJETOS PESSOAIS AO SER SUSPEITO DA GRIPE A (H1N1) são as principais atitudes e não há médico ou funcionário de saúde que resolva o problema se não formos, cada um de nós, responsáveis por essa etapa da PREVENÇÃO!
Como os casos estão aumentando consideravelmente (para não dizer, galopantemente), a coleta de material para comprovar a contaminação pelo vírus A (H1N1) será por “conglomerado”, isto é, em famílias ou locais de trabalho em que várias pessoas daquele mesmo grupo apresentem os mesmos sintomas (recapitulando: febre igual ou maior que 38°, tosse e/ou dor de garganta mais outros dois sintomas gripais) num curto período de tempo, entre 2 a 7 dias de contato. Deverá ser coletada amostra de secreção nasal do caso mais recente e enviada para confirmação. Pois bem: assim como foi com a dengue, ou seja, (eu que fui contaminada em abril de 2007, posso dizer do alto de tão horrorosa experiência o que é ficar “dengosa”) primeiro temos os sintomas, e se Deus quiser, sobrevivemos a eles e somente após estarmos bem curados é que se obterá a confirmação daquilo que acometeu nossa saúde, em resumo: demora muito para ter tal confirmação devido à alta demanda e um número reduzido de laboratórios (para não dizer: insignificante de 3 apenas!) que receberam kits para diagnosticar a nova gripe num país enorme feito o nosso?
Detalhes irritantes da bur®ocracia à parte, como “brava gente brasileira” que somos, apesar do caos que está se instalando (como se já não houvesse caos suficiente no serviço público!), tenhamos o que se é para ter a vida toda, não só agora, certo? Sabe o quê?
FÉ!
Simples e eficaz assim!
Que posso mais dizer, além de toda informação? Se somente ela bastasse, então, estaríamos livres de tantas outras epidemias e coisas do tipo que assolam um país, um estado, uma cidade, um bairro, uma rua, uma família…(xi…a coisa vai chegando tão perto da gente e, catástrofes que parecem acontecer só na casa do vizinho, subitamente, acontecem também na nossa?). Não sejamos ingênuos.
Cuidemos de nós e dos nossos! Especialmente daqueles que já têm uma saúde mais frágil, ok? A gripe em si não é o problema maior e sim as complicações oriundas dela.
Espero que possamos ter muitos bons finais de semana longe dessa nova gripe e, se não, que consigamos segurar os números que insistem em aumentar, especialmente, os que estão ceifando vidas!
Fonte de imagem: Google
10 comentários:
Jô,
Os grupos de risco vão aumentando a cada dia. Os que ontem não corriam riscos graves, hoje corre. No final das contas - creio eu - não existe mais aqueles que são simples vítimas e os outros que podem ser vítimas fatais.
O que se deve fazer é prevenir sempre.
Gostei de você abordar esse assunto novamente.
Abraços e bom final de semana.
(tem selo para você em meu blog)
Oi Valdeir! O que diz é verdade, por isso eu coloquei o "2º round" neste post, pois, a cada momento é uma luta, não queremos ser "nocauteados" e temos que observar os golpes baixos desse vírus, a cada momento as coisas mudam muito, você bem notou! Prevenir é sempre o melhor remédio, o velho ditado não mente aqui! Obrigada pelo selinho e logo quero postá-lo, aliás, estou devendo postar alguns que já recebi há tempos...rs. Fico muito feliz quando recebo. Valeu! Bom final de semana pra ti também!
Jô, parabéns pela postagem e pelo demonstração de cidadania. Estamos nos preservando mantendo as noções básicas de higiene e neste caso, valem mais, do que a fé. O pior de tudo é pessoas contaminadas que não reconhecem os sintomas e andam por aí. Eu ia para a Argentina no começo do mês e cancelei a viagem, no entanto, vejo no noticiário gente chegando de lá, de férias, nem a trabalho estava. O governo deveria fazer triagem e não deixar turismo para países que estejam com tantos focos da doença, não acha?
Mas rezo sim, para que no próximo inverno esta gripe esteja bem longe de nós.
Bom fim de semana! Beijus
Oi Luma! Obrigada e a noção de cidadania precisa acompanhar a todos nós assim como você fez ao cancelar a viagem, infelizmente, muitos brasileiros não despertam para certas emergências, deixam "rolar" pra ver no que dá e sempre dá M...(I'm sorry!rs)para o lado de quem se importa, isso é que revolta mesmo! E juntar medidas preventivas de higiene à fé é sempre muito bom. Concordo que o governo deveria triar e fiscalizar mais de perto o vai e vem dos turistas e todos que viajam, embora deva ser difícil porque implica em outros interesses maiores, certamente, mexe no bolso de uns e outros e estes pensam que o vírus não chega até eles...aff!
Vamos usar todas as armas que pudermos usar nessa guerra contra o inimigo invisível. Bjins pra você e tenha um bom fim de semana também!
Oi Jô tudo bem?
Informações úteis e coerentes demais com nosso momento é assustador essa fase que estamos vivendo mas, não dá para fechar os olhos e fingir que está td bem e esperar passar, ainda que possa ser pouco precisamos fazer algo, informar, cuidar, evitar lugares cheios e fechados...
Parabéns por usar seu espaço de forma tão consciente.
beijokas
Oi Cris!
É assustadora sim essa fase, mas, passaremos por ela assim como passamos por várias outras crises e, queira Deus, sejamos os menos prejudicados nesse ranking triste de vítimas pelo mundo afora.
O pouco que é possível fazer, faremos. Estou mesmo evitando sair de casa e frequentar igreja, supermercados, shoppings e etc. Basta que no trabalho já lido com a doença, então, tento diminuir as possibilidades fora desse espaço que não posso excluir da lista. Obrigada e bjins pra você!
Ah vortei rs para fazer um complemento que esqueci de deixar...
Achei mto bem vindo seu comentário falando que o pessoal da saúde tbém tem família, essa semana comentei isso com o Dri sobre como deve ser difícil ter que ficar no meio de tudo isso, deve dar medo, insegurança, orgulho de poder ajudar...um misto de sentimentos né?
bjokas
Oi novamente (rs)Cris! Realmente dá esse misto de sentimentos que você bem descreve, porém, "são ossos do ofício" e, lá no fundo, nessa epidemia, ninguém que trabalha fora da saúde está mais livre, então, nós só estamos um pouco mais expostos, ao final, temos acesso a mais informações (o que não nos imuniza) que nos faz menos despreparados para encarar "a coisa toda", entende?
Obrigada pela ressalva e preocupação, é um fator que muitos descartam quando despejam suas frustrações sobre os outros. Bjins e apareça quantas vezes quiser para comentar. Adoro!rs.
Oi, Jô! Logo no início, eu, literalmente, surtei com a história da gripe A (afinal, o RS vive o inverno, a faixa de fronteira com Argentina e Uruguai é extensa). Agora, já me sinto mais calma, mas o problema é que a gripe está mais perto. Moro numa cidade de 17 mil habitantes, temos uma morte confirmada e vários casos suspeitos. Pois é, tenho um pai de 76 anos, diabético...descobri que ainda não saí do surto. O que me incomoda, de fato, é as pessoas não se darem conta que o problema é real, então ficam enviando emails sobre os lucros dos laboratórios - que se danem os laboratórios, quero a salvo as pessoas que amo.
Gostei do post, bem didático. E, não adianta, a prevenção ainda é o melhor remédio. abçs :)
Oi Elaine!
Num primeiro momento muitos surtam sim, é compreensível, algo tão novo e assustador, os noticiários alertam, enumeram óbitos e casos confirmados, é preciso manter o controle (tanto emocional quanto da epidemia em si), vivemos já uma situação de calamidade, aliás, isso das pessoas acharem que é só na casa do vizinho muito me irrita, será que querem ver o caos instalado literalmente? Enquanto a coisa está "morosa" acham que é bobagem se preocupar, quando tudo desaba sem chance de voltar atrás, aí a culpa tem que ser de alguém!(geralmente é do governo, dos funcionários e haja bode expiatório para preencher a própria culpa). Bjins e obrigada por contribuir! Previnamo-nos sempre!
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