Definir o “ser mãe” é algo que beira o superficial quando proposto apenas em palavras. Amo as palavras, elas nos ajudam de tantos modos que não sei se conseguiria viver sem, não imagino o mundo de outra maneira, porém, dizer o que significa a maternidade é quase impossível se as palavras ditas ou escritas não se conectarem de um jeito todo especial com essa realidade. Eu digo que quero amamentar, proteger, cuidar, corrigir, amparar, educar, aconselhar, amar e tantos outros verbos repletos de bons conceitos, de atitudes positivas, de algo maior que nós mesmas…
São palavras que ganham significado específico a partir do momento em que temos nos braços aquele pequenino ser, indefeso e ingênuo – um anjinho! Sim, bebês são anjos para mim, acredito que sejam para todas as mães, pois, naquele instante no qual se costuma dizer “agora a ficha caiu! Sou mãe! Como faço?”, existe dentro de cada mulher disposta a aceitar essa dádiva uma força propulsora que é despertada com o nascimento, até então a gravidez é um período de transições, de ansiedades, de preparo, mas, não se compara com o que acontece depois dela. Mesmo a mais consciente, a mais instruída, a mais forte das mulheres tende a se desequilibrar, a perder o chão, a temer tudo e todos quando assume tão importante papel tornando-se mãe. Milhões de dúvidas e preocupações em cada passo, entretanto, aquela criança consegue trazer paz e alegria em meio a isso! Estranho que num minuto tudo pareça caótico, especialmente quando estreamos esse papel, e no minuto seguinte as coisas encontrem seu lugar.
Gostaria de definir com palavras os sentimentos que invadem nosso ser, contudo, são tantos e tão variados que sem uma alegoria seria difícil e, nesse ponto, penso que ser mãe é embarcar numa montanha-russa readaptada! Com altos, baixos, loops, ziguezagues, trechos sinuosos, além de muitos em linhas retas e tranquilas! Por vezes levamos sustos enormes com solavancos inesperados, e ai daquelas que não puserem o cinto de segurança! Em outras somos levadas pela emoção, soltamos os braços e gritamos, descabeladas, feito loucas! Só não enfartamos com tudo isso porque descobrimos que há trechos de calmaria nessa montanha-russa, revigorantes e até relaxantes, em que é possível sentir a brisa ao invés das rajadas de vento, e, exatamente por conta deles, nos recompomos, ajeitamos a cabeleira, respiramos fundo e nos preparamos para a próxima volta, já que sabemos, depois de algumas experiências, como é enfrentar essa viagem. Subiu? Não tem volta, hein! Tem quem queira até repetir a dose mais de uma vez! Tem quem ache o brinquedo sem graça e não queira embarcar, mas, quem pôde tem uma visão bem diferente do mundo, visto através de outros olhinhos!
Desejo a cada mamãe um dia muito feliz, aliás, muitos dias felizes! Aproveite bem o embarque!
Vamos nessa!!!Uhuuuu!!!