Parece óbvio para muitos, porém, nem sempre a casa é o "home sweet home" das pessoas, infelizmente. Não é o meu caso. Adoro meu canto, meu aconchego, meu lar! As coisas acontecem por aqui, não preciso sair para encontrar novidades, as recebo de várias formas: rádio, TV, Internet, telefone, etc. A tecnologia tem um bocado de culpa nisso, percebe? Não é preciso ir muito longe para saber das coisas, até se compra e se vende pela Internet, se namora e se casa! Nesses quesitos ainda sou um pouco pé atrás, mas, sabemos que isso vem mudando o comportamento da humanidade. E como!
Julgue-me piegas porque prefiro assistir a um bom filme (ou até um desenho) ao lado de meus queridos a ter que me aprontar para passear num shopping. Ah! Se prefiro! Ainda mais nesse friozinho! Ficar em casa, sem se preocupar com as horas marcadas para o trabalho, para a escola do filho ou com o horário que o comércio abre ou fecha é maravilhoso, não é?
Agora ria o quanto quiser, pois, o apelido que a família adotou para designar indivíduo frequentemente avesso às saídas de casa é "cozido(a)", vulgarmente (e carinhosamente) nos chamamos "cuzidos"...(rs). E ninguém se ofende, afinal, assumimos esta postura há muito tempo, aliás, devo dizer que, meu marido e eu, já quando namorávamos, por conta dos horários de trabalho e dos cursos, ter um momento relax em casa era tudo que queríamos. Eventualmente um cinema, um teatro, um concerto. Amigos e familiares convidavam para sair, que nada! Aí o apelidinho foi pegando mesmo...
Acredito que, mesmo em casa, há um lugar, em especial, que as pessoas devam eleger como o preferido delas. Eu deixo a cozinha e a lavanderia para quem quiser! Porém, o lado da cabeceira da cama, com alguns de meus livros e a escrivaninha do micro onde procuro aproveitar ao máximo meu curto e precioso tempo de leitura e escrita, são meu mundinho particular. É onde as horas voam, traiçoeiras, impiedosas, tornando-me sua escrava; entretanto, é também onde realizo e extravaso ideias, sonhos, inconformismos. Chego a pensar que esse mundo a que me refiro é meu bem, meu mal, donde provém coisas boas e ruins porque nele me perco e me encontro, aprendo e erro, faço e me refaço. Eis-me aqui! Presa à tela do micro e perdida em pensamentos, aperfeiçoando o rascunho da Tertúlia Virtual de hoje, compondo, recompondo, escrevendo, corrigindo, digitando, rindo e me divertindo! Contudo, ao longe ouço a máquina de lavar indicando que já é hora de esvaziá-la, que dilema! Não lamento nada disso, uma casa tem dessas coisas também.
Só posso dizer que faço o melhor por mim e pelos meus. Já devo ter dito que sou muito "família", que os defendo até que me provem o contrário ou o tempo o faça (já tive decepções e quem não as tem?), por isso, a casa é meu recôndito, só não pense que vivo na pasmaceira, oh, não! Sempre que é possível reunimos a turminha para um churrasco - e olha que nem carne vermelha eu como (rs), aproveito para fazer saladas das mais variadas, nesse aspecto a cozinha me atrai: é estranho dizer que cozinhar é terapia? Lavar pilhas de louça é que seria, não? E devo dizer que o point da família, tanto minha quanto de meu marido é aqui! Por quê? Oras, porque cultivamos esse lar, tal qual se cultiva um jardim, porque queremos que ele seja, de fato, um lugar sempre agradável, para quem nele vive e para quem nos visita.
Tem um pequeno canteiro ao qual resolvi dedicar parte de meu tempo, juntamente com meu filho. Criança adora coisas assim: mexemos na terra, a adubamos, semeamos e estamos a regá-la, aguardando que as flores cresçam. Já apontaram várias plantinhas, tão lindas e delicadas. Será que somos bons jardineiros? Veremos. O importante é que não deixemos o canteiro sem a atenção devida. Do mesmo modo é preciso cuidar do lugar que nos faz sentir em casa, não importa qual seja.
E, assim, pretendo encerrar dizendo que a casa não precisa ser uma mansão, carissimamente decorada (se puder, por que não?), acima de tudo, nós não moramos numa casa, essa feita de paredes frias, de tábuas velhas ou de qualquer outro material que o tempo se incumbe de desgastar e até levar ao chão, ela é quem deve morar na gente, já que somos os responsáveis por tornar o mundo a nossa volta o melhor lugar para se viver, a começar por aqui, seja onde estiver.
Fonte da imagem: Google
16 comentários:
" Mi casa, su casa"
Era o títulode um post aqui de um vizinho espanhol, onde ele escrevia que a sua casa era aquele canto onde podia cultivar a amizade...
Espero ter compreendido bem o teu texto... e se assim for, não importa que seja a tratar de um jardim ou a remexer a terra... somos nós que fazemos essa coisa chamada de " LAR "...
Eu, pelo menos, sinto isso.
Gostei muito.
Adorei conhecer um pouco de sua casa. Belo texto!
Realmente somos nós a nossa própria casa.
Sempre há tempo de comentar, então aguardo sua visita!
Tenha um lindo dia!
Obrigado por ter participado! Uma pena que tão tardiamente! Mas da próxima....
Entremares, obrigada pelo comentário e por compartilhar sua leitura do blog espanhol, muito bacana! Só a Tertúlia consegue essa interação toda. Compreendeu o texto com exatidão, não se preocupe. Sinta-se à vontade para aparecer aqui, nesse pequeno-grande "lar" que procuro compartilhar com carinho também, ok? Bjins pra ti e até!
Olá Andrea Vaz! Captou bem o espírito do post e pode aguardar sim, aparecerei em breve. Infelizmente não consigo visitar todos e, menos ainda, num só dia, é totalmente fora do meu alcance, mas, vira e mexe, apareço, pode apostar. Obrigada! Bjins e até mais!
Eduardo, nem precisa agradecer minha participação, faço com alegria a minha parte porque gosto da Tertúlia, vejo muitas vantagens nela, infelizmente, quanto ao tempo, acredito que o "antes tarde do que nunca" deva valer mesmo assim, também acho que a leitura não se esgota num só dia, os temas são bons e poderão ser lidos em qualquer tempo, concorda? Claro que sempre que eu tiver a chance de postar mais cedo o farei, mas, meu trabalho não permite e nem sempre consigo programar muito antecipadamente, mesmo assim, valeu. Bjins e até a próxima!
Jô, muitas vezes, ficar em casa ou voltar para casa é mesmo o melhor programa. Muita gente infelizmente não pensa assim, ou não pode pensar assim. A minha casa é o meu refúgio, meu porto seguro.
Gostei da sua crônica.
Abraços.
Olá Adelino! Realmente, é uma pena pessoas que não possam se sentir bem em seu próprio lar, por isso somos privilegiados, já que não é o nosso caso em particular.
Obrigada pela visita nesta Tertúlia. Bjins e até mais!
ainda to rindo do novo termo
"cuzido"
auauauh
oooootimo post....
como sempre!
Oi Cáh! Pode rir à vontade, já disse isso no post...hehe! Quem não conhece o termo (usado nesse sentido específico) tende a isso num primeiro momento, daqui a pouco estará apelidando alguém de "cuzido" (ou sendo apelidada!) ao identificar as atitudes semelhantes. Bjins e até!
Oi fofíssima!!!
Que belo post! O lugar que mais me sinto em casa é um canto em minha casa, onde leio, medito, repouso...e assim posso ter boas idéias.
Maravilhosa idéia de fazer um canteiro com o lilo, é uma idéia que tbém vou gostar de fazer com meu filho qdo tiver.
Bjinhosss
desculpe o atraso, mas estava impossibilitada por causa de uma cirurgia. já estou bem e estou retornado aos poucos!!!
linda sua parrticipação em mais esta intrigante tertulia.
bjocas.
Oie! Cris, de fato tenho notado que muitos consideram a casa seu retiro, seu lar doce lar, que bom! Quanto ao canteiro, é uma experiência nova e divertida para nós dois, é algo simples e tão interessante, é um momento único que só juntos podemos sentir quão importante se torna um pequeno canteiro de flores! Faça mesmo! Bjins pra ti.
Olá Ivany! Melhoras no seu pós-cirúrgico! Não me preocupo com o dia em que possa comentar a tertúlia, eu também não consigo a façanha de fazê-lo no mesmo dia em que posto, o importante é aparecer quando der, ok? Para mim o comentário é sempre um comentário, independe da data em que foi feito, as letras permanecem e agradecem. Bjins e até!
Oi Jô!!!
Ou devo dizer carinhosamente "cuzidaaaaaa"..rsrs,
bom como fui um dos protagonistas de seu texto, acabei por voltar no
tempo, lembranças felizes em momentos tão difíceis, tudo era tão simples, mas "nós" fizemos dessas dificuldades momentos inesquecíveis, e eu os guardo na memória com muita alegria.
bjus fica com DEUS
Lu
Oi mano! Que bom você reaparecer aqui(tá me devendo mais visitas, hein! Já viu aquela que parente precisa marcar presença para puxar a sardinha mais ainda? kkkkk!). Lu, eu também relembrei nossos bons tempos(não que os de agora não sejam tão bons),mas, aquela nostalgia de alguns anos quando nos reuníamos na casa da "cuzida" da minha cunhada(hehe!)pra jogar conversa fora, comer lanche, assistir filme, jogar video game e até "filar" o risólis gostoso da Toninha...algumas vezes lá em casa também fazíamos esses encontros tão simples e tão divertidos, né? "Recordar é viver" e é muito bom compartilharmos.(Sua escrita tá muito boa e você comentou outro dia que gostaria de extravasar as ideias e sentimentos como eu faço: começa já! Só a prática leva à perfeição.) Bjos na tchurminha aí! Fiquem na Paz.
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